DISPONIBILIDADE DE ENXOFRE EM SOLOS BRASILEIROS: AVALIAÇÃO DO ENXOFRE-SULFATO DISPONÍVEL POR EXTRATORES QUÍMICOS
Resumo
Conduziu-se um experimento em casa de vegetação com amostras superficiais de 12 solos, provenientes dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás (Brasil), com teores de carbono variando entre 0,5 e 3,03%, de enxofre entre 0,014 e 0,0319% e de argila entre 8 e 60%. Avaliou-se o S-SO4= disponível por 4 extratores químicos, Ca(H2PO4) 2.H2O-500 ppm P em ácido acético 2,0 N, NH4OAc 0,5 N em ácido acético 0,25 N, CaCl2 0,15% e HCl 0,05 M. Os solos foram submetidos a 2 cultivos sucessivos com milho (Zea mays L.) com os tratamentos: 3 doses de gesso (0, 20 e 40 ppm S), na ausência e presença de calagem. Dentre os extratores estudados, Ca(H2PO4)-500 ppm P em ácido acético 2,0 N apresentou o melhor desempenho tanto em termos operacionais quanto na correlação com a absorção de enxofre pelo milho. O extrator HCl 0,01M revelou-se inadequado por não se terem obtido extratos límpidos para a determinação turbidimétrica de S-SO4=. Os níveis críticos de S-SO4= nos solos foram: a) Ca(H2PO4)2.H2O-500 ppm P em ácido acético 2,0 N: 11 ppm; b) NH4OAc 0,5 N em ácido acético 0,25 N: 17 ppm; c) CaCl2 0,15%: 19 ppm. Os níveis críticos de S-SO4= disponíveis são superestimados quando avaliados pela absorção relativa de enxofre. A determinação turbidimétrica de S-SO4= apresenta pequena sensibilidade em baixas concentrações de sulfatos nos solos. Sugere-se o refinamento das técnicas de determinação analítica de sulfatos em solos, incluindo várias relações solo/solução de extratores.
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