Uso de óleos essenciais no controle do ácaro Varroa destructor em Apis mellifera
Palavras-chave:
Abelha, acaricida natural, controle alternativo de pragas.Resumo
O ácaro Varroa destructor (Acari: Varroidae) é considerado uma das principais pragas apícolas mundiais. O risco de contaminação da cera e do mel, assim como o desenvolvimento de resistência desta praga, têm levado à busca por alternativas de controle que substituam os acaricidas convencionais. O presente trabalho objetivou determinar os efeitos de diferentes óleos essenciais na mortalidade de abelhas Apis mellifera e do ácaro Varroa destructor, parasita destes insetos. A metodologia consistiu em manter separadamente grupos formados por abelhas e ácaros, em gaiolas com óleos essenciais nas concentrações de 10 µL, 50 µL e 200 µL, sendo cada concentração um ensaio. Foram realizados tratamentos com água, anis, alecrim, canela, eucalipto, cravo e menta. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. As abelhas e ácaros foram observados por seis horas, para a quantificação da mortalidade, em função dos tratamentos utilizados. Os óleos essenciais não afetaram as abelhas de forma significativa, contudo, os óleos de anis, canela, eucalipto e cravo causaram mortalidade significativa dos ácaros. Para a concentração de 10 µL, observou-se taxa de mortalidade de 70% para anis e canela, 77,5% para eucalipto e 75% para cravo. Na concentração de 50 µL, foram observados valores de 75% para cravo e canela, 90% para anis e 92,5% para eucalipto. Já na concentração de 200 µL, os valores de mortalidade foram de 92,5% para anis e eucalipto, 52,5% para canela e 87,5% para cravo. Com base na taxa de mortalidade observada, sugere-se que estas substâncias sejam usadas em substituição aos acaricidas convencionais.
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