CONTROLE QUÍMICO DA BRUSONE EM ARROZ DE TERRAS ALTAS: EFEITOS NOS FUNGOS NÃO ALVOS DO FILOPLANO
Palavras-chave:
Oryza sativa L., Magnaporthe oryzae (Barr) Couch, biocontrole, antibiose.Resumo
A brusone em arroz de terras altas causa danos significa-tivos, necessitando de uma a duas aplicações de fungicidas, para o controle da doença. No entanto, o efeito de fungicidas sobre fungos não alvos do filoplano do arroz e benéficos são desconhecidos. Este trabalho objetivou avaliar o efeito de fungicidas no controle da brusone nas panículas, sobre fungos não alvos do filoplano de arroz, e estudar a antibiose de fungos não alvos para M. oryzae. Foi realizado um experimento em campo, utilizando-se duas cultivares (Primavera e Bonança), quatro fungicidas (trifloxistrobina + propiconazol, azoxistrobina, tebuconazol e triciclazol) e testemunha, com delineamento experimental em blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, e quatro repetições. Foram avaliados a severidade da brusone nas panículas, o teor de clorofila nas folhas, o número de unidades formadoras de colônia cm-² de folha e a antibiose. A cultivar Primavera apresentou maior severidade de brusone nas panículas do que a Bonança. Os fungicidas azoxistrobina e trifloxistrobina + propiconazol diferiram significativamente da testemunha, com menores severidades de brusone nas panículas. O teor de clorofila não foi influenciado pelo tratamento com fungicida, mas houve diferença entre as cultivares. Os fungicidas tebuconazol, trifloxistrobina + propiconazol e azoxistrobina reduziram significativamente os fungos do filoplano, em relação à testemunha. O triciclazol proporcionou maior número de unidades formadoras de colônia cm-² de folha, não diferindo da testemunha. Dos quatro fungos testados, apenas Epicoccum sp. apresentou antagonismo para M. oryzae.
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