ASPECTOS VETORIAIS EM ÁREAS DE RISCO PARA FEBRE AMARELA SILVESTRE NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL

Autores

  • Paulo Silva de Almeida
  • José Oliveira da Silva
  • Ezequiel Pereira Ramos
  • Paulo Mira Batista
  • Odival Faccenda
  • Marcia Bicudo de Paula
  • Hamilton Antônio de Oliveira Monteiro
  • Luis Filipe Mucci

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v45i4.44602

Palavras-chave:

Vigilância, culicidae, febre amarela.

Resumo

As epidemias e epizootias de febre amarela ocorridas em 2008 no Brasil, Paraguai e Argentina marcaram um expressivo avanço da doença para o sul do continente, afetando populações humanas não vacinadas. O estado de Mato Grosso do Sul encontra-se na transição entre a região endêmica tropical e a epidêmica subtropical e, apesar de ser considerado área de recomendação para vacinação desde a década de 1980, ainda registra casos humanos e epizootias. O objetivo deste trabalho foi apresentar os resultados de levantamentos entomológicos em locais de casos humanos e epizootias notificados como suspeitos em 2008, descrevendo geograficamente essas áreas. Foram investigadas 13 localidades em nove municípios, tendo sido obtidas 305 fêmeas dos gêneros Haemagogus e Sabethes, além de cinco espécimes de Aedes albopictus. O gênero Haemagogus foi mais abundante, mas Sabethes apresentou o dobro de espécies (3 x 6) e maior distribuição entre os pontos de coleta. A espécie mais abundante foi Hg. janthinomys, porém com 102 indivíduos em um único local. As demais espécies encontradas foram: Hg. leucocelaenus, Hg.spegazzinii, Sa. albiprivus, Sa. belisarioi, Sa. chloropterus, Sa. glaucodaemun, Sa. intermedius e Sa. soperi. Não foi possível identificar tendências de preferência das espécies em relação aos atributos ambientais e geográficos descritos para os pontos de coleta. Dos nove casos humanos, oito corresponderam a pessoas não residentes no estado, sendo sete turistas. O estado de Mato Grosso do Sul reúne grande diversidade de atrativos turísticos relacionados com ambientes rurais e silvestres, onde o homem pode entrar em contato com os vetores da febre amarela encontrados neste trabalho. Nesse sentido, o monitoramento da cobertura vacinal e do fluxo de pessoas não vacinadas é fundamental para o controle da doença.

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Publicado

2016-12-13

Como Citar

DE ALMEIDA, P. S.; DA SILVA, J. O.; RAMOS, E. P.; BATISTA, P. M.; FACCENDA, O.; DE PAULA, M. B.; DE OLIVEIRA MONTEIRO, H. A.; MUCCI, L. F. ASPECTOS VETORIAIS EM ÁREAS DE RISCO PARA FEBRE AMARELA SILVESTRE NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 45, n. 4, p. 398–411, 2016. DOI: 10.5216/rpt.v45i4.44602. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/44602. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES