TUBERCULOSE NA ETNIA MUNDURUKU DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v45i1.40136Palavras-chave:
Indígenas, infecção tuberculosa latente, tuberculose.Resumo
Os objetivos foram identificar sintomáticos respiratórios e casos de doença ativa, assim como estimar a prevalência de infecção latente por tuberculose (ILTB), fatores associados e descrever as características radiológicas entre pessoas com resultado de prova tuberculínica ?10mm. Trata-se de estudo prospectivo realizado com amostra de conveniência de 1.213 indígenas da etnia Munduruku, do Rio Tapajós, município de Jacareacanga-Pará. Para obtenção dos dados, foram realizados exames diretos e cultura no escarro, prova tuberculínica e radiografias de tórax, o que permitiu a identificação de tuberculose ativa e latente. Para a análise dos dados, valeu-se do softwere Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) com os procedimentos estatísticos: teste X2, análises univariadas e multivariadas, nível de significância ?=5% e p valor <0,05, IC 95%. Odds ratio foi utilizado como medida de associação. Foram identificados 70 sintomáticos respiratórios (5,8% da população estudada), obtendo-se a confirmação de Mycobacterium tuberculosis com prevalência pontual de 82,4/100.000. Foram realizados 219 exames radiológicos do tórax, dos quais 40 (18,3%) apresentaram alterações, sendo uma imagem cavitária. Foram realizados 1.213 testes tuberculínicos (PT) e a prevalência de infecção pelo M. tuberculosis (MTB) foi de 22,0% nas reações ?10mm e de 37,4% para o ponto de corte de 5mm. As reações à PT ?10mm mostraram-se associadas com as variáveis aldeia, idade acima de 40 anos, gênero, história de contato e presença de cicatriz vacinal de BCG. São altos os índices de adoecimento quando comparados com a população não indígena. Conclue-se pelos elevados índices que alguns adultos podem ter sido infectados no passado, entretanto a associação de infecção com idade acima de 40 anos indica contato.
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