EPIDEMIOLOGIA DA ESQUISTOSSOMOSE NO LITORAL DE PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v43i4.33607Palavras-chave:
Esquistossomose, epidemiologia, saúde ambiental, analise espacialResumo
A expansão da esquistossomose para o litoral de Pernambuco vem sendo registrada desde 1992 com a detecção de casos agudos da doença em indivíduos de classe média/alta. Para diagnosticar este novo cenário de transmissão da endemia em localidades turísticas na orla marítima do estado é de fundamental importância o conhecimento prévio da distribuição georreferenciada das espécies de moluscos vetores, por meio de mapas que apontem sua exata localização, assim como é necessário espacializar as situações de risco biológico e as condições ambientais insalubres. Nos períodos de 15 a 18 de setembro de 2008 e 10 a 13 de setembro de 2013 foram realizadas caravanas expedicionárias, por epidemiologistas e parasitologistas por 11 municípios do litoral do estado, percorrendo todas as coleções de água doce distantes até 2 km da beira-mar. Os dados foram georreferenciados para posterior condução de análises espaciais. Para identificação da positividade dos exemplares de Biomphalaria glabrata, foi utilizada a técnica de exposição à luz. Os espécimes de B. straminea que permaneceram negativos até o 15º dia foram submetidos à técnica de diagnóstico molecular (PCR-single tube). Nas coletas de 2008 foram capturados 3.392 caramujos B. glabrata e 725 B. straminea, cujas taxas de infecção variaram entre 0,9% a 22,2%. Em 2013, foram coletados 948 B. glabrata e 504 B. straminea e somente foram encontrados caramujos eliminando cercarias na localidade Porto de Galinhas com taxa de infectividade de 81,4%, permanecendo como localidade de maior risco para transmissão da esquistossomose.
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