PARASITOS EM ALFACE-CRESPA (Lactuca sativa L.), DE PLANTIO CONVENCIONAL, COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS DE CUIABÁ, MATO GROSSO, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v42i2.25529Palavras-chave:
Hortaliças, Alface, Protozoários, Helmintos, Lactuca sativa L.Resumo
Este trabalho objetivou avaliar a ocorrência de estruturas parasitárias em alfaces-crespas comercializadas em supermercados de Cuiabá-MT. Foram analisados 45 pés de alface coletados aleatoriamente, em triplicata, de três redes de supermercados de grande porte (9 na rede A, 27 na B e 9 na C). Os pés de alface, oriundos de cinco diferentes fornecedores denominados F1, F2, F3, F4 e F5, foram analisados por duas técnicas de detecção de parasitos: sedimentação espontânea e centrifugação simples. Dentre as amostras, 66,7% (30/45) mostraram-se contaminadas, contendo 182 formas parasitárias, das quais 67 eram ovos de Ascaris sp. e um ovo de Enterobius vermicularis, 33 ovos e larvas de Ancilostomídeos, quatro larvas de Strongyloides sp. e 38 larvas de outros nematoides não identificados entre os helmintos. Já entre os protozoários, detectaram-se 23 trofozoítos de Balantidium sp., 10 cistos de Entamoeba sp., 3 cistos de Endolimax nana, 2 cistos de Giardia sp. e 1 oocisto de Isospora spp. O ovo de Ascaris sp. foi encontrado nas amostras de todasas redes e seus fornecedores. No entanto, estruturas como ovo de Enterobius vermicularis, cistos de Endolimax nana e oocisto de Isospora spp. foram detectadas somente nos produtos dos fornecedores F1 e F2, respectivamente. Verificou-se que os maiores percentuais de amostras positivas foram dos helmintos, além de protozoários como o Balantidium sp. A presença tanto de helmintos quanto de
protozoários sugere a ocorrência de contaminação durante o cultivo e/ou distribuição desta hortaliça.
Ressalta-se, portanto, a necessidade da implantação de medidas higiênico-sanitárias que previnam a
contaminação desta hortaliça, preservando, assim, a saúde de seus consumidores.
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