FLEBOTOMÍNEOS EM ÁREA ADJACENTE À REPRESA PORTO PRIMAVERA, ENTRE OS ESTADOS DE SÃO PAULO E MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v41i2.19323Palavras-chave:
Flebotomíneos, Leishmaniose, Vetor, Represa Porto Primavera.Resumo
Em coletas realizadas com isca humana e armadilhas de Shannon com o propósito de investigar a fauna de mosquitos Culicidae e a ecologia de Anopheles entre 1993 e 2003, antes, durante e após a construção da represa Porto Primavera, localizada no rio Paraná entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, foram também capturados alguns espécimes de flebotomíneos. A divulgação dos resultados desta investigação constitui o objetivo da presente nota. Um total de 526 (430?, 96?)
flebotomíneos foi capturado, 73 (2?, 71?) com isca humana e 453 (94?, 359?) com armadilhas de Shannon pertencentes a sete espécies: Bichromomyia flavisculellata (6?), Brumptomyia sp. (1?), Evandromyia sp. (2?), Lutzomyia almerioi (1?, 2?), Nyssomyia neivai (92?, 412?), Psathyromyia punctigeniculata (2?) e Psathyromyia shannoni (3?, 5?). Verificou-se o predomínio de Ny. neivai (95,8%), provável vetor de Leishmania braziliensis. A presença de Bi. flaviscutellata, principal vetor da Leishmania amazonensis, foi registrada pela primeira vez no oeste do estado de São
Paulo. Lu. almerioi, espécie antropofílica, foi capturada pela primeira vez neste estado. Assim, são necessários mais estudos nesta região, uma vez que o encontro dessas três espécies pode representar um risco para a transmissão de Leishmania spp. aos frequentadores das margens florestadas deste reservatório.
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