Abordagem molecular no diagnostico laboratorial da filaria linfática: Wuchereria bancrofti
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v31i2.14561Resumo
A utilização dos testes parasitológicos sanguíneos no diagnóstico da infecção pela filaria linfática
Wuchereria bancrofti possui um fator limitante, o horário de coleta. Na maioria das regiões do mundo esse parasita apresenta uma periodicidade noturna quanto às suas microfilárias presentes no sangue periférico do hospedeiro humano, com picos de densidade entre 23 horas e l hora da manhã. A proposta da presente revisão foi a de enfatizar novas perspectivas no diagnóstico laboratorial da infecção pela W. bancrofti que possam ser utilizadas com amostras diurnas. A aplicação de técnicas de biologia molecular no diagnóstico, na busca do DNA (estrutural ou livre) filarial, parece bastante promissora tanto em pools de mosquitos como nos diversos líquidos biológicos, na medida em que essas técnicas permitem detectar: 1) DNA em amostras sanguíneas coletadas no período diurno; 2) DNA livre em infecções ocultas; 3) DNA livre circulante em líquidos biológicos com coleta não-ínvasiva; 4) menos de 1% de DNA de uma microfilária em um pool de até cem mosquitos. Desta forma, a presente revisão charna a atenção do leitor para a disponibilidade de ensaios que envolvem a biologia molecular e utilizam a técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) como fonte alternativa de diagnóstico da bancroftose. Permitem ainda diagnosticar especificamente infecções causadas pela W. bancrofti em áreas onde coexistem outras filarias.
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