CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E OPERACIONAIS NA CONDUÇÃO DE ENSAIOS CLÍNICOS EM ÁREAS RURAIS ENDÉMICAS PARA DOENÇA DE CHAGAS
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v29i1.16347Abstract
Ensaios clínicos duplo-cegos, aleatorízados, são considerados o paradigma da medicina baseada em evidência. Em 1991, iniciou-se um ensaio de campo aleatório, duplo-cego, placebo controlado, em áreas rurais do nordeste do Estado de Goiás, para avaliar a eficácia do benzonidazol no tratamento de crianças de 7 a 12 anos soropositivas ao
Trypanosoma cruzi.A experiência de conduzir um ensaio de campo em áreas rurais e endémicas para doença de Chagas, envolvendo não só os aspectos relacionados à aderência ao medicamento mas também a necessidade de manutenção de controle vetorial em grandes áreas, tomou a investigação operacionalmente complexa e merecedora de ser relatada. Este artigo descreve os aspectos mais relevantes referentes à condução do trabalho de campo em ensaio terapêutico para doença de Chagas e discute as principais questões metodológicas deste tipo de investigação.
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