POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA PARA A PALEOPARASITOLOGIA

Autores

  • Daniela Leles Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Instituto Biomédico, Universidade Federal Fluminense, Brasil
  • Adauto Araújo Laboratório de Paleoparasitologia, Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v44i3.38017

Palavras-chave:

Paleopatologia, história, doenças parasitárias, doenças transmissíveis, ecossistema amazônico.

Resumo

Uma falácia científica muitas vezes leva à falta de interesse em estudar determinadas regiões geográficas no que diz respeito a áreas específicas do conhecimento científico. Este é o caso da Paleoparasitologia na região amazônica, que pretendemos desmitificar com esta revisão. Não é incomum encontrarmos afirmações de que na Amazônia seriam raras as possibilidades de recuperação de vestígios orgânicos preservados, o que limitaria o estudo da Paleoparasitologia. Isso pelo fato de a região haver sido habitada no passado por populações pequenas, o que resultaria em pouco material para o estudo, ou em razão dos baixos índices de preservação do material. Porém, isso não é verdade, uma vez que a região apresenta grande potencial de estudo, sobretudo de vestígios ósseos, mas também do solo arqueológico. A pesquisa deste material traria ganho inestimável para a área e poderia elucidar questões acerca da origem de infecções, se no Velho ou Novo Mundo, do caminho percorrido por elas, das datações e explicações para sua entrada nas Américas. A maioria das infecções que poderiam ser pesquisadas continua presente na região e acomete a população local constituindo, em alguns casos, importantes problemas na área da saúde coletiva. É preciso alertar os pesquisadores e moradores da região que têm conhecimento da existência deste material arqueológico sobre o fato de que, com as técnicas atuais, o menor fragmento ou quantidade do material possibilita seu estudo.

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Publicado

2015-10-13

Como Citar

LELES, D.; ARAÚJO, A. POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA PARA A PALEOPARASITOLOGIA. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 44, n. 3, p. 229–244, 2015. DOI: 10.5216/rpt.v44i3.38017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/38017. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

ATUALIZAÇÃO / UP TO DATE