ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANTAVIROSE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2012

Autores

  • Stefan Vilges de Oliveira
  • Lidsy Ximenes Fonseca
  • Priscilla Martins Rafael Barros e Silva
  • Simone Valéria Costa Pereira
  • Eduardo Pacheco de Caldas

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v43i2.31115

Palavras-chave:

Epidemiologia, zoonoses, hantavírus

Resumo

As hantaviroses são zoonoses que causam doenças humanas graves como a síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH) registrada no continente americano. No Brasil a SCPH é doença de notificação obrigatória aos serviços de saúde por apresentar elevada letalidade e incipiente conhecimento da sua epidemiologia. O presente estudo descreve o perfil epidemiológico da SCPH no Brasil para o período de 2007 a 2012. Foi realizado um estudo descritivo dos registros do Sistema
Nacional de Agravos de Notificação, foram analisadas as fichas de notificação e investigação e os dados foram avaliados quanto a completitude da informação, oportunidade e perfil dos casos registrados. Os resultados são apresentados em números brutos, medidas de proporção e tendência central e as analises foram desenvolvidas pelos softwares Excel 2010, Tabwin 32 e TerraView. No período estudado foram notificados 8.456 casos de SCPH, com confirmação de 9% (756/8.456), preferencialmente pelo critério laboratorial 91,1% (689/756). O coeficiente de letalidade médio para o período foi de 38,2%, as maiores incidências da doença foram nos estados do Mato Grosso, Santa Catarina e Distrito Federal e as maiores letalidades no Amazonas, Mato Grosso e São Paulo. Quanto à sazonalidade foram observados casos em todos os meses do ano; os óbitos foram mais frequentes em homens 72,3% (209/289) e maior letalidade 42,3% (80/189) foi observada em mulheres. Os casos acometeram principalmente pessoas que exerciam atividades relacionadas à agricultura 18,8% (90/478) que se expuseram ao ambiente com roedores 36,9% (279/756). A maioria dos pacientes necessitou de hospitalização 90,3% (683/756) e os tempos médios expressos em número de dias entre a variável início dos sintomas e as variáveis hospitalização, cura ou óbito foram
respectivamente (5, 11, 18). Os dados apresentados neste estudo poderão subsidiar as capacitações técnicas que necessitam estar voltadas para o reconhecimento da circulação do agente, oportunidade no diagnóstico e tratamento e qualidade da informação; fatores prioritários para o fortalecimento dos programas de vigilância epidemiológica da hantavirose.

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Publicado

2014-07-16

Como Citar

OLIVEIRA, S. V. de; FONSECA, L. X.; E SILVA, P. M. R. B.; PEREIRA, S. V. C.; CALDAS, E. P. de. ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANTAVIROSE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2012. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 43, n. 2, p. 131–142, 2014. DOI: 10.5216/rpt.v43i2.31115. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/31115. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES