AVALIAÇÃO DO EFEITO DE MEDICAMENTOS IMUNOSSUPRESSORES NA REATIVAÇÃO DA TOXOPLASMOSE CRÔNICA MURINA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v41i2.19330Palavras-chave:
Toxoplasma gondii, Cepa ME-49, Medicamentos imunossupressores, Reativação.Resumo
Neste trabalho foi avaliado o potencial de reativação da toxoplasmose crônica em modelo murino imunocomprometido. Para tanto, camundongos BALB/c foram infectados por via oral com 20 cistos da cepa ME-49 de Toxoplasma gondii e, após 60 dias, foi iniciado o tratamento com medicamentos imunossupressores: azatioprina, dexametasona (ambos por via oral) e acetato de cortisona (via subcutânea), sozinhos ou em associação. O tratamento foi mantido por um período de 28 dias, posteriormente os animais foram eutanasiados e tiveram seu sangue e órgãos retirados para exames sorológicos e histopatológicos. O uso de dexametasona ou azatioprina, isoladas ou associadas, não causou sinais de reativação detectáveis por exames sorológicos, histopatológicos ouclínicos. Entretanto, quando foram associados ao acetato de cortisona, esses medicamentos levaram a um quadro clínico sugestivo de reativação com lesões epidérmicas em 62,5% dos camundongos. Os resultados do presente estudo sugerem que, com o modelo murino utilizado, a reativação da toxoplasmose crônica sofre grande influência do tratamento imunossupressor proposto. Nestes casos, os sinais clínicos indicativos da reativação crônica toxoplásmica podem estar presentes mesmo antes da detecção do ocorrido por métodos sorológicos e histopatológicos.
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