Aprendizagem Ativa na Engenharia: um Enfoque nas Práticas de Linguagem
Resumo
O presente artigo que tem por objetivo discutir os usos da leitura, escrita e oralidade na perspectiva da aprendizagem ativa em engenharia. Para tanto, trazem-se dizeres de estudantes do sétimo semestre do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial (MIEGI) da Universidade do Minho, em Portugal. Os dados analisados neste trabalho foram coletados por meio de entrevistas semiestruturada realizadas com dois grupos focais de estudantes do MIEGI. Os movimentos analíticos se ancoram nas proposições dos estudos dos letramentos, que concebem a linguagem como um conjunto de práticas sociais; e nas contribuições teóricas do Círculo de Bakhtin acerca das esferas de atuação social e os gêneros discursivos. Os dizeres dos estudantes apontam para a forma processual como as práticas de linguagem são desenvolvidas nas metodologias de aprendizagem ativa. Além disso, as atividades multidisciplinares contribuem para um diálogo mais direto entre a formação acadêmica e profissional do engenheiro e para os seus letramentos.Referências
I. A. S. Booth, V. Villas-Boas, F. Catelli, “Mudanças paradigmáticas dos professores de engenharia: ponto de partida para o planejamento do processo de ensinar”. In: Educação, mercado e desenvolvimento: Mais e melhores engenheiros, São Paulo, 2008.
S. B. Heath, What no bedtime story means: narrative skills at home and the school, Language and Society, 11, p. 49-76, 1982.
B. Street, “What’s ‘new’ in new literacy studies? Critical approaches to literacy in theory and practice”, Currentissues in comparativeducation, 5 (2), p.1-14, 2003.
S. B. Terzi, A construção do currículo nos cursos de letramento de jovens e adultos não escolarizados, 2006. Disponível em: http://www.cereja.org.br/arquivos/uploads/sylviaterzi.pdf. Acesso em: junho/2011.
M. Bakhtin, Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 2003.
M. Bakhtin, “Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem”, 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
M. T. Maseto, et al, Novas tecnologias e mediação pedagógica, 19ª ed. Campinas: Papirus, 2000.
P. Powell, W. Weenk, Project-led engineering education, Utrecht: Lemma, 2003.
M. S. Oliveira, G. A. Tinoco, I. B. A. Santos, Projetos de letramento e formação de professores de língua materna, Natal: EDUFRN, 2011.
B. A. Franzen, “Letramentos: o dizer de engenheiros relativo o seu campo de trabalho”, Dissertação de Mestrado, Blumenau, 2012.
T. de. S. Schlichting, O. L. O. M. Heinig, “Práticas de leitura e escrita no espaço das engenharias: novos olhares”, apresentado no. COBENGE 2012, Belém do Pará, 2012.
J. P. Gee, La ideologia em los Discursos: linguística social y alfabetizaciones. Tradução do castelhano de Pablo Manzano, Madri: Ediciones Morata, 2005.
M. de L. Dionísio, “Literacias em contexto de intervenção pedagógica: um exemplo sustentado nos novos estudos de literacia”. Educação, Santa Maria, v. 32. n. 1, p. 97- 108, jan. 2007.
A. Kleiman, (coord), Letrando: atividades para a formação do professor alfabetizador, Unicamp: Campinas, 2008. Disponível em: http://www.iel.unicamp.br/cefiel/alfaletras/biblioteca_professor/arquivos/68AKleiman.pdf Acesso em 04/03/2014.
A. D. Guedes, et al, Para ‘compreender’ o discurso: uma proposição metodológica de inspiração bakhtiniana, GPMC/IPPUR/UFRJ: Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: http://www.gpmcippur.net/gpmc_para_compreender_o_discurso.pdf. Acesso em 04/03/2014.
M. Bakhtin, “Questões de literatura e estética: a teoria do romance”, 6. ed. São Paulo, Hucitec, 2010.
M. Soares, Letramento: um tema em três gêneros, Belo Horizonte: Autêntica 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao submeter eletronicamente um artigo na Revista Eletrônica Engenharia Viva, o responsável pela submissão:
a) Declara que o documento em questão é um trabalho original, e que detém prerrogativa de conceder os direitos contidos nesta licença. Declara também que a entrega do documento não infringe, tanto quanto lhe é possível saber, os direitos de qualquer outra pessoa ou entidade.
b) Se o documento em questão contém material do qual não detém os direitos autorais, declara ter obtido autorização do detentor dos direitos autorais para conceder à Universidade Federal de Goiás os direitos requeridos por esta licença, e que esse material cujos direitos são de terceiros está claramente identificado e reconhecido no texto ou conteúdo do documento em questão.
c) Declara ainda que qualquer pessoa nomeada como autor ou co-autor do documento tem consciência do fato e concorda em ser assim nomeado.
Termo de Autorização
Na qualidade de responsável pela submissão do documento, autorizo a Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (EMC/UFG) a disponibilizar a obra, gratuitamente, por meio do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas da UFG (SEER/UFG) ou na forma impressa, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98. Fica permitido, a leitura, a impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira. Qualquer uso da obra que não o autorizado sob esta licença ou pela legislação autoral é proibido.