Anti-sepsia para administração de medicamentos por via endovenosa e intramuscular
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v8i1.940Palavras-chave:
Agentes antiinfecciosos Locais, Infecção Hospitalar, Cuidados Básicos de EnfermagemResumo
A pele abriga vasta microbiota, que poderá penetrar camadas mais internas durante a aplicação de medicamentos por via parenteral, daí a importância da anti-sepsia para este procedimento. Objetivamos identificar a utilização da anti-sepsia para a administração de medicamentos por via endovenosa e intramuscular como medida de prevenção de infecção. Estudo descritivo, realizado com a equipe de enfermagem, em oito unidades de um hospital de ensino do município de Goiânia-Go. Os dados foram obtidos mediante observação e preenchimento de check-list. Observamos 212 profissionais. Quanto à via de administração, 19,8% dos procedimentos foram realizados por via EV direta, 72,6% por via EV com sistema já instalado e 7,6% por via IM. A maioria dos profissionais, 79,2%, não lavou as mãos antes de realizar o procedimento. Das 154 medicações feitas em sistema venoso já instalado, não foi realizada a desinfecção do injetor de borracha em 47 (30,5%). No que se refere à anti-sepsia, 72,4% das medicações realizadas por via EV e 27,6% por via IM, utilizaram o anti-séptico em todas as situações mas, em apenas 40,5% das injeções EV e em 37,5% das IM foram feitos os cinco ou mais movimentos em um mesmo sentido com o algodão embebido com álcool a 70%, que é o procedimento preconizado para a realização da anti-sepsia da pele. Após a anti-sepsia, 25 profissionais tocaram o local, contaminando-o, destes apenas 13 (52,0%) fizeram nova anti-sepsia, portanto, houve a recontaminação em 12 situações. Os dados revelam que medidas necessárias à prevenção de infecção, na administração de medicamentos via parenteral nem sempre são adotadas, representando um desafio à educação permanente e do controle de infecção no hospital em estudo.
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