Políticas de saúde da mulher e sua intersecção com a saúde mental: uma reflexão necessária

Autores

  • Ana Caroline Mourão Silva Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: caroline_ana@discente.ufg.br. https://orcid.org/0000-0001-6844-0350
  • Nathalia Martins de Morais Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: marmornathalia@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-3591-6604
  • Johnatan Martins Sousa Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: johnatanfen.ufg@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-1152-0795
  • Marciana Gonçalves Farinha Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. E-mail: marciana@ufu.br. https://orcid.org/0000-0002-2024-7727
  • Roselma Lucchese Universidade Federal de Catalão (UFCat), Catalão, Goiás, Brasil. E-mail: roselmalucchese@gmail.com.
  • Camila Cardoso Caixeta Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: camilaccaixeta@ufg.br. https://orcid.org/0000-0003-2479-408X

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v26.77991

Palavras-chave:

Assistência à Saúde Mental, Assistência Integral à Saúde, Política de Saúde, Saúde Mental, Saúde da Mulher

Resumo

Objetivo: conduzir uma reflexão crítica sobre as políticas de saúde da mulher e sua intersecção com a saúde mental. Métodos: trata-se de uma reflexão teórica, inspirada na literatura que explora o escopo das políticas de saúde das mulheres e sua interseção com a saúde mental. Resultados: reflexões foram desenvolvidas em torno de dois eixos: “Políticas de saúde da mulher no Brasil: um olhar para o cuidado em saúde mental” e “A influência da medicalização na saúde da mulher: pensando alternativas para o cuidado biopsicossocial ampliado e integral”, nas quais se destacam desafios para o cuidado biopsicossocial ampliado e integral à mulher. Considerações finais: a reflexão sobre as políticas de saúde da mulher e sua intersecção com a saúde mental nos remete para a necessidade urgente de construir estratégias de cuidado integral, biopsicossocial e humanizado, que supere as práticas de uso indiscriminado de medicação e da minimização dos sintomas. É imperativo que essas estratégias sejam integradas no sistema de saúde brasileiro, garantindo que o cuidado biopsicossocial seja não apenas uma aspiração, mas uma realidade acessível a todas as mulheres.

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Publicado

26/11/2024

Edição

Seção

Artigo Original