Violência ao longo da vida, na gestação e durante a pandemia de COVID-19: estudo transversal

Gracielle Pampolim; Alexandra Matos Burdzy; Luciana Marinaro; Bruna Venturin; Franciéle Marabotti Costa Leite

doi:10.5216/ree.v27.77318

Autores

Gracielle Pampolim Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: graciellepampolim@hotmail.com. https://orcid.org/0000-0002-4157-3521
Alexandra Matos Burdzy Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil. E-mail: alexandra_burdzy@hotmail.com.
Luciana Marinaro Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil. E-mail: malumarinaro@hotmail.com. https://orcid.org/0009-0006-9888-356X
Bruna Venturin Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: brunaventorim@hotmail.com. https://orcid.org/0000-0001-7347-0925
Franciéle Marabotti Costa Leite Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil. E-mail: francielemarabotti@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-6171-6972

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v27.77318

Palavras-chave:

Violência Contra a Mulher, COVID-19, Gestantes, Violência por Parceiro Íntimo

Resumo

Objetivo: identificar a frequência e os tipos de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo ao longo da vida, na gestação e na pandemia da COVID-19. Métodos: estudo descritivo realizado em uma maternidade de risco habitual do Espírito Santo, entre agosto e dezembro de 2021. O instrumento de coleta continha variáveis socioeconômicos e de rastreio da violência (Organização Mundial de Saúde). Resultados:participaram 512 puérperas, das quais 49% foram vítimas de violência pelo parceiro íntimo ao longo da vida. A violência psicológica foi a mais frequente (45,5%), seguida da física (31,4%) e sexual (13,7%). Durante a gestação, a prevalência de violência foi de 10,0%, predominando, também, a psicológica (7,2%), e a física (4,1%). Durante a COVID-19, cerca de 15% das mulheres relataram violência praticada pelo parceiro. Entre as mulheres com histórico de violência na vida, 67,3% perceberam aumento na frequência e 68,9% na intensidade das agressões durante a pandemia. Conclusão: a violência contra a mulher praticada pelo parceiro íntimo ao longo da vida e na gestação alcança índices elevados. É percebida como aumentada e mais intensa durante a pandemia da COVID-19. Dentre os tipos de violência, a psicológica é a mais frequente.

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