Escala Portuguesa de Flebite: adaptação transcultural, validade e confiabilidade para uso no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v25.74036Palavras-chave:
Enfermagem, Estudo de Validação, Flebite, Cateterismo PeriféricoResumo
Objetivos: Adaptar a Escala Portuguesa de Flebite para a cultura brasileira e verificar as propriedades psicométricas da versão adaptada. Métodos: Estudo metodológico envolvendo análise da equivalência semântica, cultural e idiomática para adaptação transcultural, cognitive debriefing, verificação da consistência interna e validade de construto. Equivalência foi analisada utilizando percentual de acordos. Validade de construto foi testada utilizando análise fatorial exploratória. A confiabilidade foi avaliada pela consistência interna (α de Cronbach e Ω de McDonald). Resultados: No processo de adaptação transcultural, envolvendo dez especialistas, dois itens não alcançaram concordância ≥ 80% e sofreram ajustes conforme as sugestões recebidas. Doze participantes do cognitive debriefing aprovaram a versão adaptada. Participaram da análise de confiabilidade e de validação do construto 244 adultos em uso de cateter venoso periférico. Análise fatorial exploratória identificou um único fator incluindo todos os itens testados (dor, eritema, edema, rubor no trajeto da veia e cordão venoso palpável) e carga fatorial > 0,743. Consistência interna do conjunto de itens foi alta (α de Cronbach = 0,771 e Ω de McDonald = 0,853). Conclusão: A Escala Portuguesa de Flebite – Versão adaptada para o Brasil mostrou-se válida e confiável. Alcançou propriedades que permitem sua utilização na prática clínica, no ensino e pesquisas no país.
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