Contrarreferência: estratégia para continuidade do cuidado na saúde da mulher e recém-nato
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v25.73154Palavras-chave:
Continuidade da assistência ao paciente, Regulação e fiscalização em saúde, Administração de serviços de saúde, Serviços de Saúde Materno-Infantil, EnfermagemResumo
Objetivo: avaliar a contrarreferência como estratégia para a continuidade do cuidado às mulheres e recém-nascidos de uma maternidade de risco habitual para a atenção primária de saúde. Métodos: estudo qualitativo realizado em maternidade de risco habitual e em unidades de saúde em Curitiba, Paraná, Brasil. Os dados foram coletados entre setembro e novembro de 2020, com enfermeiros das unidades de saúde e mulheres que tiveram a alta contrarrefenciada da maternidade. Mediante análise de conteúdo, as falas foram estratificadas em temas e subtemas pré-definidos pelo referencial teórico adotado, que prevê três categorias de continuidade do cuidado e suas respectivas dimensões. Resultados: participaram oito enfermeiros e seis puérperas. Emergiram das entrevistas 26 estratos. Destacaram-se, na Categoria informacional, a dimensão “o uso das informações obtidas pela contrarreferência para continuidade do cuidado”; na Categoria relacional a dimensão “a importância de vínculo entre profissionais e pacientes”, e na Categoria gerencial “a utilização de mecanismos de rede para um cuidado efetivo”. Conclusão: a contrarreferência foi evidenciada como estratégia para continuidade de cuidado pelos dois grupos investigados, capaz de proporcionar subsídios para promover um cuidado eficiente para as puérperas. Entretanto, há necessidade de otimizar instrumentos de contrarreferência padronizados, efetivando o processo na rede de saúde.
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