Quem irá empurrar minha cadeira de rodas? A escolha do cuidador familiar do idoso

Autores

  • Sofia Cristina Iost Pavarini Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Enfermagem
  • Fernanda Lopes Tonon Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Enfermagem
  • Jeniffer Marcela Carlos Silva Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Enfermagem
  • Marisa Zazzetta de Mendiondo Universidade Federal de São Carlos
  • Elizabeth Joan Barham Universidade Federal de São Carlos
  • Carmen Lúcia Alves Filizola Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v8i3.7071

Palavras-chave:

Idoso, Família, Geriatria, Enfermagem, Educação.

Resumo

As relações afetivas e pessoais ao longo da vida podem determinar as relações familiares no processo do envelhecer humano. Este trabalho teve por objetivo avaliar a funcionalidade familiar de idosos pertencentes a um movimento de alfabetização de adultos e identificar quem escolheriam para cuidar deles na velhice. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, baseado nos pressupostos do método quantitativo e qualitativo de investigação. Para a avaliação da funcionalidade familiar utilizou-se o Apgar de Família proposto por SMILKSTEIN (1978) e os dados foram analisados estatisticamente segundo medidas de freqüência. Foram avaliados 93 idosos. Para a compreensão da escolha do cuidador foram realizadas entrevistas em profundidade com 9 idosos, sendo três de cada categoria do Apgar. As entrevistas foram analisadas, segundo o Modelo de Análise de Conteúdo, categoria Análise Temática proposta por BARDIN (1977).Todos os cuidados éticos que regem pesquisas com seres humanos foram respeitados. Os resultados do Apgar de família mostram que 81 idosos apresentaram boa funcionalidade familiar, 8 moderada disfunção e 4 elevada disfunção familiar. Os resultados das entrevistas mostram que, nas três categorias do Apgar, a escolha do cuidador foi a mesma no que diz respeito ao gênero (mulher), ao grau de parentesco (filha), à composição familiar (multigeracional), à história de vida e ao relacionamento. “Quem irá empurrar minha cadeira de rodas” é uma escolha determinada por valores sociais e culturais e pela história de vida de cada um. É multideterminada, multivariada e se processa ao longo da vida.

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Publicado

31/08/2009

Edição

Seção

Artigo Original