Tendência temporal de internações por sífilis congênita entre 2008 e 2018, em Minas Gerais

Autores

  • Thaís Rodrigues de Souza Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, thaisrod@ufmg.br. https://orcid.org/0000-0001-7613-9365
  • Alexandra Dias Moreira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, aledias84@ufmg.br.
  • Fernanda Penido Matozinhos Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, nandapenido@enf.grad.ufmg.br.
  • Francisco Carlos Felix Lana Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, xicolana@ufmg.br. https://orcid.org/0000-0001-9043-3181
  • Ricardo Alexandre Arcêncio Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, ricardo@eerp.usp.br. https://orcid.org/0000-0003-4792-8714
  • Giselle Lima de Freitas Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, gisellef@ufmg.br. https://orcid.org/0000-0002-8118-8054

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v23.64978

Palavras-chave:

Sífilis Congênita, Atenção Primária à Saúde, Saúde da Criança, Epidemiologia

Resumo

Objetivou-se analisar a tendência temporal de internações por sífilis congênita entre 2008 e 2018 em Minas Gerais. Método: estudo ecológico de série temporal. Para a análise de tendência, realizou-se modelo de Prais-Winsten. Calculou-se a Variação Percentual Anual para apresentar a intensidade da tendência. Resultados: foi observada tendência ascendente de internações por sífilis congênita em 12 macrorregiões de Minas Gerais. As maiores Variações Percentuais Anuais foram observadas nas regiões: Leste do Sul, Oeste e Leste. A macrorregião Leste do Sul apresentou a maior variação do estado (84,34%; IC₉₅% 50,30; 126,09) e a Triângulo Norte apresentou menor variação percentual anual (19,62; IC₉₅% 6,48; 34,38). Conclusão: a tendência de aumento de internações por sífilis congênita, observada em 12 das 13 macrorregiões de saúde, caracteriza uma tendência ascendente no estado e reforça a necessidade de formulação ou revisão de ações que priorizem a prevenção desse agravo.

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Publicado

13/04/2021

Edição

Seção

Artigo Original