Motivação para primeira experiência do uso de drogas e recaídas de pessoas em tratamento

Autores

  • Sheila Mara Pedrosa Centro Universitário de Anápolis (Unievangélica). Anápolis (GO), Brasil. sheilaenf@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-2530-3687
  • Karlla Antonieta Amorim Caetano Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia (GO), Brasil. karlla@ufg.br
  • Divânia Dias da Silva França Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás. Goiânia (GO), Brasil. divania.franca@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-7765-7970
  • Leandro Nascimento da Silva Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Goiânia (GO), Brasil. leandro.nascimento7@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-3749-8215
  • Paulie Marcelly Ribeiro dos Santos Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC). Goiânia (GO), Brasil. pauliemarcelly@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-0056-364X
  • Walterlânia Silva Santos Universidade de Brasília (UnB). Ceilândia (DF), Brasil. walterlaniasantos@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-6266-8901
  • Sheila Araujo Teles Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia (GO), Brasil. sateles@ufg.br
  • Marcelo Medeiros Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia (GO), Brasil. marcelofen@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-6979-3211

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v22.58894

Palavras-chave:

Cocaína Crack, Relacionados ao Uso de Cocaína, Síndrome de Abstinência a Substâncias, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar a motivação para primeira experiência no uso de drogas e recaídas após abstinência por pessoas com dependência química induzida pelo crack. Estudo descritivo, de abordagem mista. Foram realizadas 600 entrevistas com a utilização de questionário estruturado, na etapa quantitativa, e oito grupos focais, na etapa qualitativa, com total de 39 participantes. Para análise de dados utilizou-se o software SPSS e o método de interpretação de sentidos. A curiosidade motivou a iniciação do uso de drogas, assim como a pressão dos amigos e problemas familiares. Já a dificuldade de ficar sem a droga, vontade de sentir o efeito novamente, pressão de amigos, problemas familiares, decepção pela desconfiança dos familiares e o uso de drogas na própria instituição de tratamento foram relatados como motivadores de recaída. Os dados em ambas as metodologias foram convergentes e ratificaram os resultados obtidos.

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Publicado

29/12/2020

Edição

Seção

Artigo Original