Comportamentos de jovens no trânsito: um inquérito entre acadêmicos de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v11.46894Palavras-chave:
Acidentes de trânsito, Assunção de riscos, Estudos epidemiológicos, Estudantes de enfermagemResumo
Os acidentes de trânsito (AT) constituem-se em importante problema de saúde pública pela elevada morbi-mortalidade e por ocasionarem altos custos sociais e econômicos. Realizou-se, portanto, um estudo epidemiológico e transversal em Goiânia, Goiás, em 2006, que teve por objetivo verificar a freqüência de comportamentos de risco que pudessem contribuir para a ocorrência e gravidade de AT entre jovens universitários. A amostra constou de 310 acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Católica de Goiás, com mediana de idade de 20 anos, predominantemente do gênero feminino, cor branca e de classe social média. Cerca de 80% dos alunos relataram hábito de dirigir. Destes, 52.2% dirigem sem habilitação. Apenas 73.2% responderam que sempre utilizam cinto de segurança como condutores. Aproximadamente 37% relataram envolvimento em acidentes de trânsito. Falta de atenção (69%), desrespeito à sinalização (27.8%) e excesso de velocidade (27%) foram os fatores que contribuíram para ocorrência ou gravidade do acidente. Um significativo percentual de participantes dirige na contramão, faz ultrapassagem proibida e ultrapassa o limite de velocidade. Ressalta-se que o levantamento das características comportamentais no trânsito entre indivíduos jovens possibilita a criação e aprimoramento de estratégias que podem reduzir a ocorrência, gravidade e conseqüências deste tipo de acidente.
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