Vivências de mulheres submetidas à braquiterapia: compreensão existencial
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v10.46776Palavras-chave:
Braquiterapia, Oncologia, Acontecimentos que mudam a vida, FenomenologiaResumo
Neste estudo, busquei compreender as vivências de mulheres portadoras de câncer uterino antes de submeterem ao tratamento braquiterápico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa embasada na fenomenologia existencial de Martin Heidegger que possibilitou a apreensão dos momentos vividos por esses seres. Para participar dessa pesquisa, procurei por mulheres que haviam iniciado algum tipo de tratamento para câncer uterino. Selecionei aquelas que se submeteram à radioterapia em uma clínica de radioterapia situada no noroeste do Paraná, e, a posteriori, seriam submetidas à braquiterapia no período compreendido entre os meses de abril a maio de 2006. Foram entrevistadas quatro mulheres em um hospital especialista em oncologia no norte do Paraná, antes de iniciarem a braquiterapia. Para buscar os discursos dos sujeitos, utilizei a seguinte questão norteadora: “O que você sente antes de vivenciar a braquiterapia”? Da interpretação emergiram três temáticas: O ser-com-o-outro inautêntico no convívio do hospital; angústia ante o desconhecimento do tratamento; religiosidade: o caminho da esperança. Os resultados obtidos revelam a importância do cuidado holístico ao Ser que vivencia esta facticidade, pois, muitas vezes, a subjetividade do cuidado fica absorvida pela massificação das regras e normas institucionais.
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