O sertão amansado
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v13i1.11177Palavras-chave:
representações da nação, sertão carioca, Magalhães Corrêa, alteridades geográficas, pensamento social.Resumo
A proposta do artigo é analisar o livro O sertão carioca, de Armando Magalhães Corrêa, publicado em 1936. Trata-se de um registro de observação direta da paisagem e da conversa com os moradores, combinando-se com os desenhos do autor. Interessado no registro da geografia física, da fauna e da flora típicas das áreas rurais compreendidas na planície de Jacarepaguá, o autor enfatiza os ofícios e modos de viver existentes nesses sertões além da Barra da Tijuca. A descrição das características físicas, sociais e dos tipos humanos encontrados nas viagens do autor por regiões próximas ao Rio de Janeiro, então capital da República, revela um sertão perto da civilização, porém desconhecido. Cabe-nos pensar sobre as características da narrativa de um sertão próximo, curioso mas inofensivo à nacionalidade, se comparado com os sertões bravios e longínquos, espaços privilegiados no olhar geográfico sobre o Brasil.
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