Devir inóspito da casa: transformações territoriais pela presença de minas antipessoal na Colômbia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v24.63185

Resumo

Este artigo pergunta como a presença de minas antipessoal (MAP) muda a relação das comunidades rurais com seu território. Sustentamos que a presença das MAP produz efeitos sociais que conformam um devir sinistro ou inóspito do território, isto é, sua transformação em algo ao mesmo tempo familiar e estranho. Esse fenômeno sustenta as dinâmicas de dominação por parte dos grupos armados responsáveis pela instalação daqueles artefatos. Este artigo apresenta o trabalho de memória histórica realizado em três municípios colombianos com membros de associações de vítimas de MAP. O texto conclui que a instalação dessas armas, como estratégia dos grupos armados para dar continuidade à guerra subterrânea, não afeta só as pessoas vitimadas por tais armadilhas explosivas, mas muda profundamente o sentido social de casa que determinado território configura para uma comunidade local.

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Biografia do Autor

Gabriel Alberto Ruiz Romero, Universidad de Medellín, Medellín, Colombia

Doutor em Antropologia Social pela Universidad Autônoma de Madrid, Madrid, Espanha. Professor da Facultad de Ciencias Sociales y Humanas da Universidad de Medellín, Colômbia. 

Daniel Castaño Zapata, Universidad de Medellín, Medellín, Colombia

Doutor em Ciencias Sociales pela Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina. Pesquisador da  Universidade Nacional de Colombia, Medellín, Colombia.

Publicado

2021-05-17

Como Citar

RUIZ ROMERO, G. A.; CASTAÑO ZAPATA, D. Devir inóspito da casa: transformações territoriais pela presença de minas antipessoal na Colômbia. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 24, 2021. DOI: 10.5216/sec.v24.63185. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/63185. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres