María Lugones e Rita Segato: entre o sistema moderno/colonial de gênero e o patriarcado de alta intensidade
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v27.78425Resumo
O grupo Modernidade/Colonialidade, fundado no final da década de 1990, constitui um dos grandes expoentes do pensamento crítico na América Latina. Nomes como Aníbal Quijano, Santiago Castro-Gómez, Walter Mignolo e María Lugones demonstram a força e o alcance do pensamento crítico latinoamericano por meio da teoria decolonial, que ao contrário do que muitos pensam, não se constituiu com base em um pensar homogêneo. Há discordâncias significativas entre um teórico
e outro e, talvez, um dos mais interessantes debates se concentre nos escritos de María Lugones e Rita Laura Segato, que partem do conceito de Colonialidade do Poder para a construção de uma teoria feminista decolonial, porém, encontram resultados opostos no que diz respeito à origem do patriarcado e à presença da nomenclatura de gênero na América pré-intrusão. Tendo em mente as diferenças significativas das autoras em suas concepções teóricas sobre a colonialidade e o gênero,
este artigo tem como objetivo apresentar às leitoras as divergências presentes ao comparar as obras das duas autoras com base em uma metodologia qualitativa reflexivista, respondendo à pergunta: quais diferenças e convergências entre o feminismo decolonial de María Lugones e Rita Segato? Para tanto, realiza-se uma análise bibliográfica dedicada a algumas obras das autoras sem a intenção de determinar quais são as mais importantes, ou mesmo esgotar o debate.
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