CIDADE DE GOIÁS: O CHEIRO DAS ÁGUAS, AS ÁGUAS DE CHEIRO E AS ALELUIAS (1880-1899) - DOI 10.5216/bgg.v29i1.7305
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v29i1.7305Resumo
No presente trabalho, procura-se resgatar o ciclo festivo Carnaval-Quaresma-Páscoa na Cidade de Goiás no final do século XIX, momento em que esta, apesar de centralizar as funções administrativas da Província de Goyaz e, posteriormente, do Estado, sustentava-se numa sociedade agrária que rompera com a crise da mineração e tinha na produção agro-pastoril sua base econômica. Apesar desta dinâmica econômica agrária, em que o campo era a
core área econômica, a cidade impunha-se como o centro administrativo, cultural e também demográfico, pois o ouro produziu um núcleo urbano de casario colonial e fixou a população vilaboense às margens do Rio Vermelho. Tudo isto fazia das festas urbanas momentos de efervescência em que a paisagem recebia sons, cheiros, cores, movimentos, etc. Mas cabe aqui um parêntese: dado que a dinâmica da economia goiana era agrária, ganhava especial atenção as festas em que "a roça" e a "cidade" se encontravam, principalmente nas folias e procissões em "festas da Igreja", destacando-se, no caso estudado, as celebrações da quaresma e da Páscoa.