Os descaminhos das águas: do sagrado ao mercado

Autores

  • Ygor Azevedo Soares de Souza Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, ygorsas@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-1194-3915
  • Pedro José de Oliveira Machado Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, pjomachado@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v38i3.56351

Resumo

Dada a magnitude e a intensidade dos problemas relacionados à superexploração dos mananciais hídricos, incluindo a violação do direito fundamental à água, torna-se de suma importância elucidar as articulações do capital para consubstanciar a mercantilização desse elemento vital. A partir de uma perspectiva do tempo longo, são evidenciadas as ações do capital no sentido de expandir seu domínio sobre os recursos naturais, em especial sobre os hídricos. O esvaziamento da dimensão do sagrado e do comum, contidos historicamente nas águas, produz a subalternização do uso e a exaltação da troca. Assim, o movimento histórico de transformação da concepção e apropriação das águas, exposto ao longo do texto, evidencia a perversidade sistêmica contida na lógica mercantil e na reprodução capitalista do espaço, demonstrando, dessa forma, que esse esvaziamento produz uma materialidade espacial de degradação e conflitos, abrindo precedentes para a apropriação privada de um bem comum.

Palavras-chave: Mercantilização da água, Privatização da água, Direito à água

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Biografia do Autor

Ygor Azevedo Soares de Souza, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, ygorsas@gmail.com

Pedro José de Oliveira Machado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, pjomachado@gmail.com

Publicado

2018-12-17

Como Citar

AZEVEDO SOARES DE SOUZA, Y.; JOSÉ DE OLIVEIRA MACHADO, P. Os descaminhos das águas: do sagrado ao mercado. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 38, n. 3, p. 551–568, 2018. DOI: 10.5216/bgg.v38i3.56351. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/56351. Acesso em: 6 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos