CARTOGRAFIA, TERRITÓRIO E PODER: DIMENSÃO TÉCNICA E POLÍTICA NA UTILIZAÇÃO DE MAPAS - DOI 10.5216/bgg.v26i2.4141
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v26i2.4141Resumo
Imagem representativa da natureza visível, o mapa é a
construção mais lógica e rigorosa do mundo das imagens.
Há, contudo, quem pense que ele é obra apenas
de especialistas e de acesso restrito a poucas pessoas.
Por isso, ao longo da história, ele tem sido objeto de
usos dos mais diversos, sobretudo, no campo político
e militar. Não é, portanto, de estranhar que o mapa,
também, serve para fazer a guerra. Porém, sua maior
utilidade é para promover a paz, diminuir a discórdia
e informar a todos os cidadãos indistintamente sobre
a especificidade do território em que eles habitam. O
mapa tem, portanto, várias dimensões e, entre elas, a
que mais inibe as pessoas quanto ao seu uso e leitura,
é a sua dimensão técnica. Ora, quaisquer que sejam os
recursos tecnológicos utilizados na sua realização – se
desenhados à mão ou assistidos por computadores segundo
os recursos da cartografia multimídia interativa
– o procedimento metodológico é um só: o respeito irrestrito
aos meios e às regras de construção gráfica, ou
seja, à abordagem semiológica da representação gráfica
segundo é mostrado por Jacques Bertin há quese
meio século.