GOIÂNIA E OS DIÁLOGOS (RE)PRODUTORES DE UM “CORPO HÍBRIDO” - DOI 10.5216/bgg.v34i3.33857
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v34i3.33857Resumo
Goiânia foi construída para redefinir a lógica gestora do território goiano. Ela foi erguida para romper com os nexos definidos pela oligarquia local e consolidar uma articulação com a economia sediada no sudeste do país. A nova capital foi o elemento central de um discurso universalizador, que anunciava as benesses advindas da instauração de uma nova mentalidade produtiva no estado de Goiás. Entretanto, apesar da eloquência com que a nova capital era anunciada, vários elementos não inseridos no projeto original foram surgindo. Esses elementos representam as demandas particulares presentes na vida dos migrantes convocados a trabalhar na construção da importante obra. Desta forma, a universalidade exaltada pelos discursos oficiais acabou dialogando com a particularidade derivada de ações “coadjuvantes”. Esse movimento afetou a forma originalmente delineada para nova capital. Certamente, a modificação na aparência da cidade é um indício de alteração, também, em sua essência. Nesse contexto, uma cidade pautada na “razão” passou a revelar traços de “loucura”.
Palavras-chave: cidade, universal-particular, aparência-essência, razão-loucura.