Arrumações de mundos, lutas ontológicas e imaginações geográficas: propondo uma geografia literária a partir da obra de Mia Couto
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v15i3.68617Resumo
Numa abordagem que supera os contatos episódicos e marginais da relação Geografia – Literatura, este artigo discute como o entrelace destes campos do saber se mostra frutuoso quando se propõe a investigar as imaginações geográficas presentes na própria obra, se desvencilhando das concepções que procuram os aspectos da realidade nas manifestações artístico-literárias. Partindo desses pressupostos, elegemos a obra do autor moçambicano Mia Couto para, nela e por meio dela, compreender as imaginações geográficas a respeito do mundo único e das coexistências de geograficidades. Para tanto, discutimos a respeito do entrelace ciência geográfica e arte literária bem como acerca da reflexão e proposição de mundos presentes no realismo mágico de Mia Couto. Concluímos que o entrelace entre a Geografia e a obra coutiana se revela como parte das lutas ontológicas de Escobar (2014), num combate ao ideário de mundo único e promover imaginações geográficas de coexistências, bem como pode ser um roteiro frutífero para a geografia literária.
Palavras-chave: Geografia. Literatura. Mia Couto. Imaginação.
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