O Carste e o Geopatrimônio em Júlio Verne: o exemplo de Mathias Sandorf
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v12i2.53477Resumo
Resumo
As cavernas e as paisagens nas quais estão inseridas têm povoado o imaginário coletivo de diversas culturas, seja por meio de lendas e mitos de criação, seja por fazerem parte do cenário de relatos de viagem ou romances. Assim sendo, a pesquisa tem por finalidade demonstrar de que forma o Carste Dinárico e a Pazinska Jama são retratados no livro Mathias Sandorf, de Júlio Verne. A análise foi desenvolvida de maneira associativa aos conceitos tanto da Carstologia, quanto da Espeleologia a fim de identificar no texto de Júlio Verne sua contribuição para demonstrar aos leitores aspectos da geografia física do carste. Para que o objetivo fosse atingido, os autores analisaram a narrativa do autor, bem como pesquisaram os aspectos da geomorfologia cárstica. Os resultados apontaram para a união entre ficção e realidade favorecendo, inclusive, pesquisas científicas após a publicação do livro.
Palavras-chave: Júlio Verne; Carste; Geopatrimônio.
Abstract
Caves and the landscapes in which they are present have populated the collective imaginary of diverse cultures, either through legends and myths of creation, or because they are part of the scenario of travel reports or novels. Thus, the research aims to demonstrate how the Dinaric Karst and the Pazinska Jama are portrayed in the book Mathias Sandorf, by Jules Verne. The analysis was developed in an associative way to the concepts of both Karstology and Speleology in order to identify in the text of Verne his contribution to demonstrate to the reader’s aspects of the physical geography of karst. In order to reach the objective, the authors analyzed the narrative of the author as well as researched aspects of karst geomorphology. The results pointed to the union between fiction and reality even favoring scientific research after the publication of the book.
Keywords: Jules Verne; Karst; Geoheritage.
Résumé
Les grottes et les paysages dans lesquels elles s'insèrent ont peuplé l'imaginaire collectif de diverses cultures, soit à travers les légendes et les mythes de la création, soit parce qu'elles font partie du scénario des récits de voyage ou des romans. Par conséquent, ce travail a pour but de montrer comment le karst dinarique et le Pazinska Jama sont représentés dans le livre 'Mathias Sandorf', de Jules Verne.L'analyse a été développée de manière associative aux concepts de karstologie et de spéléologie afin d'identifier dans le texte de Jules Verne sa contribution à démontrer aux lecteurs des aspects de la géographie physique du karst. Afin d'atteindre cet objectif, les auteurs ont analysé le récit de Verne et ont également étudié des aspects de la géomorphologie karstique. Les résultats ont mis en évidence l'union entre la fiction et la réalité, favorisant même la recherche scientifique après la publication du livre.
Mots-clés: Jules Verne; Karst; Geoheritage.
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