Imaginário e espacialidade vivida em narrativas quilombolas, Pimenteiras do Oeste – Rondônia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v10i1.35129Resumo
Resumo
Esse artigo busca discutir o imaginário na espacialidade vivida levando em conta a oralidade de sujeitos quilombolas. Para tanto, estuda-se o caso concreto de Pimenteiras do Oeste em Rondônia (RO) à luz das narrativas de seus quilombolas e também de teóricos da fenomenologia. Acredita-se que a reivindicação de um espaço quilombola, a Fazenda Santa Cruz, esteja sustentada tanto pelo imaginário social e pela espacialidade construída e reconstruída ao longo da história do grupo, como também - e principalmente - pelo imaginário social recente, tornado visível a partir da Constituição Federal de 1988. A pesquisa demonstra que a vontade de “ser quilombola” perpassa pelo imaginário de diferentes discursos, e que este imaginário se mescla com as espacialidades do grupo, tornando-os um dependente do outro.
Palavras-chave: imaginário; espacialidades; narrativas; quilombolas; Rondônia.
Abstract
This article is discussing the function of imaginaries in lived spatialities, based on an investigation on the orality of quilombolas. As such, it is directed towards a case study in Pimenteiras do Oeste in Rondonia (Brazil), a place which is understood through the narratives of its quilombola population as well as through phenomenological methods. Its premises are that the claim for a quilombola space, in our case the Fazenda Santa Cruz, is based on a connection between social imaginary and its produced spatiality, on one hand grounded on a long-term lived experience of the group, and on the other referring to a more recent imaginary that is linked to the Federal Constitution of Brazil from 1988. Throughout the research it appears that the will to “be quilombola” is passing through the imaginary of several discourses, and that these imaginaries do mix within the lived spatialities of the group, turning each element dependent on the other.
Keywords: imaginary; spatiality; narratives; quilombolas; Rondonia.
Resumen
El presente artículo discute lo imaginario en la espacialidad vivida a la luz de la oralidad de sujetos quilombolas (cimarrones). El caso de Pimenteiras do Oeste, Rondônia, es estudiado a partir de las narrativas de los quilombolas a través del análisis de la fenomenología. La demanda de un espacio quilombola, la Hacienda Santa Cruz, es apoyada tanto por el imaginario social y la espacialidad construida y reconstruida a lo largo de la historia del grupo, pero también - sobre todo - por el imaginario social reciente, que se hizo visible desde la Constitución Federal de 1988. La investigación muestra que el deseo de "ser quilombola" está presente en los diferentes discursos, y éste imaginario está mezclado además, con la espacialidad del grupo estudiado, haciéndolos interdependientes.
Palabras Clave: imaginario; espacialidad; narraciones; quilombolas (cimarrones); Rondônia.
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