Diplomacia e território: a região Pirara e a utilização instrumental do indígena - DOI 10.5216/ag.v8i2.28933

Autores

  • Elias Nazareno Universidade Federal de Goiás
  • Ludimila Stival Cardoso Faculdade de História - Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5216/ag.v8i2.28933

Resumo

Resumo

Com este artigo objetiva-se discutir a falta de participação social na diplomacia brasileira. Para isso, elegeu-se o exemplo de uma negociação entre Brasil e Inglaterra sobre o território da Guiana Inglesa, em que Joaquim Nabuco, negociador brasileiro, termina por sair derrotado em sua argumentação, representando um dos poucos episódios em que o país perdeu território. Com esse caso, pode-se perceber o uso instrumental de estratos sociais, como o indígena, para justificar tal posse territorial, baseada no princípio do uti possidetis e como a sociedade se encontra alijada do processo de tomada de decisões na política externa, entrando nesse âmbito como um elemento, mas não como sujeito ou parte do que se chama “interesse nacional”, o que acaba enfraquecendo o Estado brasileiro, com uma relativa perda de legitimidade.

Palavras-Chave: Política Externa, Legitimidade, Uti possidetis.

 

Abstract

This article aims to discuss the lack of social participation in Brazilian diplomacy. For this, it was elected the example of a negotiation between Brazil and Britain about the territory of British Guiana, where the Brazilian negotiator, Joaquim Nabuco, was defeated in his argument, representing one of the few episodes in which the country lost territory. In this case it can realize the instrumental use of social strata, as the indigenous, to justify territorial possession, based on the principle of uti possidetis and how the society is exclued from decision-making in foreign policy, going into this framework as an element, but not as a subject or part of what is called "national interest", which ends up weakening the Brazilian state with a relative loss of legitimacy.

Keywords: Foreign Policy, Legitimacy, Uti possidetis.

 

Resumen

Este artículo tiene como objetivo discutir la falta de participación social en la diplomacia brasileña. Para esto, fue elegido el ejemplo de una negociación entre Brasil y Gran Bretaña sobre el territorio de la Guayana Británica, en la que Joaquim Nabuco, el negociador brasileño, acaba saliendo derrotado en su argumento, lo que representa uno de los pocos episodios en los que el país perdió territorio. En este caso se puede percibir el uso instrumental de los estratos sociales, como los indígenas, para justificar tal tenencia de la tierra, basada en el principio de uti possidetis y cómo la sociedad se está quedando fuera de la toma de decisiones en el proceso de la política exterior, entra en este ámbito como un elemento, pero no como un sujeto o parte de lo que se llama "interés nacional", que termina por debilitar el estado brasileño con una relativa pérdida de legitimidad.

Palabras clave: Política Exterior, Legitimidad, Uti possidetis.

 

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Biografia do Autor

Elias Nazareno, Universidade Federal de Goiás

Pós-doutor em Sociologia pela Universidad de Barcelona com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, Doutor em Sociologia pela Universidade de Barcelona, ex-Pesquisador Associado Sênior do IREL/UnB, Pesquisador Associado do Centro Argentino de Estudios Internacionales - CAEI. Professor adjunto de etno-história da Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

2014-10-01

Como Citar

NAZARENO, E.; CARDOSO, L. S. Diplomacia e território: a região Pirara e a utilização instrumental do indígena - DOI 10.5216/ag.v8i2.28933. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 8, n. 2, p. 221–234, 2014. DOI: 10.5216/ag.v8i2.28933. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/28933. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos