Paisagem cultural: da cena visível à encenação da alma - DOI 10.5216/ag.v8i3.24103
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v8i3.24103Resumo
Resumo
O texto discute as diferentes perspectivas teórico-conceituais da paisagem nos estudos da geografia cultural, através da análise bibliográfica e documental. Com a renovação da geografia cultural no final do século XX, a diversidade cultural passa a ser estudada além dos conteúdos materiais, incorporando a dimensão simbólica das construções socioespaciais, almejando-se a compreensão do mundo e do ser humano na sua pluralidade. A paisagem deixa de ser concebida como um dado objetivo e considera-se sua dimensão subjetiva. Assim, a paisagem cultural expande-se em significados, fala do homem e manifesta seu ser. Para Berque (1998), a paisagem é marca e matriz da cultura, exprime o sentido que uma sociedade dá à sua relação com o espaço e a natureza. Segundo Andreotti (2010, 2012), a paisagem é criada pelo próprio observador e dotada de valores espirituais, reflete o homem e a sua história. Nessa perspectiva, a paisagem cultural é espiritual, se mostra carregada de sentido e investida de afetividade, revelando as complexidades da alma humana.
Palavras-chave: Geografia Cultural; Paisagem Cultural; Paisagem Espiritual; Epistemologia da Geografia.
Abstract
The paper discusses the distinct perspectives of theoretical-conceptual landscape within the realm of the Cultural Geography based on a literature review and documents analysis. With the renewal of the Cultural Geography in the late 20th Century, the cultural diversity becomes an object of study beyond the material concepts, incorporating the symbolic dimensions of the social and spatial constructions, aiming at understanding of the world and of the human being in its plurality. The landscape is no longer perceived as a given objective, by being perceived by its subjective dimension. Thus, the cultural landscape expands itself resulting in a diversity of meanings, and it includes approaches on the human being in a broad sense. For Berque (1998), the landscape is a landmark and a matrix of culture, and it expresses the meaning that society gives to its relationship with the space and nature. According to Andreotti (2010; 2012), the landscape is created by the observer and endowed with spiritual values, which reflects the man and its history. In this perspective, the cultural landscape is spiritual, full of meanings and of affectivity, revealing the complexities of the human soul.
Keywords: Cultural Geography; Cultural Landscape; Spiritual Landscape; Epistemology of Geography.
Resumen
El trabajo analiza las perspectivas del paisaje teórico conceptual en los estudios de geografía cultural, a través de análisis bibliográfico y documental. Con la renovación de la geografía cultural a finales del siglo XX, diversidad cultural debe estudiarse además de los materiales contenidos, incorporando la dimensión simbólica del socioespaciais construcciones: busca la comprensión del mundo y del ser humano en su pluralidad. El paisaje ya no es concebido como un objetivo determinado y considera su dimensión subjetiva. Así que, como Cosgrove (1998), el paisaje cultural se expande en el discurso humano y expresa su ser. Para Berque (1998), el paisaje es marca y matriz de la cultura, expresa el sentido de que una empresa da a su relación con el espacio y la naturaleza. Según Andreotti (2010, 2012), el paisaje se crea por el observador y dotado de valores espirituales, refleja el hombre y su historia. En esta perspectiva, el paisaje cultural es espiritual, está cargada de significado y de afectividad, revelando las complejidades del alma humana.
Palabras clave: Geografía Cultural; Paisaje Cultural; Paisaje Espiritual; Epistemología de la Geografía.
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