Os mercados da biodiversidade: questões de pesquisa para as Ciências Sociais - DOI 10.5216/ag.v4i1.16705
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v4i1.16705Resumo
Desde o final dos anos 1980, o desenvolvimento das biotecnologias e das patentes sobre os recursos genéticos deixa ver as possibilidades de uso lucrativo das substâncias naturais, especialmente nos setores da farmácia, da cosmética e das sementes. Para conciliar a conservação da biodiversidade e as reivindicações dos povos autóctones, que cuidam daqueles recursos, a Convenção sobre a diversidade biológica, assinada na Conferência do Rio em 1992 propõe a criação de mercados. O objetivo era acabar com a biopirataria e de garantir a repartição justa e eqüitativa dos benefícios. Esses « mercados da biodiversidade », apoiados pela onda do liberalismo econômico, foram objetos de inúmeras especulações. Mas além do slogan, como destaque a transformação do vivo em mercadoria. Quais são as relações entre os países do norte e os países do sul? O quadro jurídico parece já ultrapassado pelo progresso do conhecimento e da tecnologia e não adaptado à complexidade das situações. Sem esgotar a temática, a nossa pesquisa ilustra como as ciências sociais podem tratar dos problemas globais sobre o meio ambiente.
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