As paisagens de Bernardo Élis na obra veranico de janeiro - DOI 10.5216/ag.v5i3.16628
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v5i3.16628Resumo
Este artigo aborda às paisagens contidas na obra Veranico de Janeiro, de autoria de Bernardo Élis. Partimos do pressuposto que a literatura não é uma representação fiel da realidade, apesar de se referenciar nela. Por outro lado, entendemos que a literatura ou as narrativas literárias se fundamentam nas vivências, experiências e perspectivas do autor, e ele – efetuando um ato artístico – não possui compromisso com a “verdade” e brinca com esta para compor o “real” e o “irreal” na obra. Assim, é necessário observar a trajetória socioespacial do literato – sua história de vida e as espacialidades que compõe simbolicamente suas vivências, afim de entendermos o processo de produção da obra e ela em si. No caso que aqui tratamos, Bernardo Élis se fundamenta em suas vivências e experiências no sertão goiano, de onde retirou referências para compor sua linguagem e representações. Isso é nítido em Veranico de Janeiro, pois, o literato não somente expressa a sociedade goiana e suas contradições marcadas no tempo-espaço, mas também a relação desta com a meio ambiente e, consequentemente, a constituição das paisagens dessa relação.
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