A AUTONOMIA DA PAISAGEM NA OBRA DE PHILIPPE QUESNE

Autores

  • Kamila Mamadnazarbekova Sorbonne Université

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v9i1.76525

Resumo

Na sua companhia, Vivarium Studio, e depois em Nanterre-Les Amandiers, Philippe Quesne examina a relação entre a arte e o mundo vivo. Ele coloca no palco galhos de árvores, pedras, animais e fenômenos atmosféricos no mesmo nível do ser humano. Seu trabalho acompanha e questiona uma revolução conceitual. O mundo vivo, tanto vegetal como animal, não é para ele um mero objeto. Seu teatro lhe confere o status de sujeito. Neste artigo, veremos como esta revisão cênica da hierarquia dos seres vivos se baseia na teoria da paisagem, desde o Renascimento até aos nossos dias. Nomeadamente através da análise do seu espetáculo Caspar Western Friedrich e da sua “trilogia toupeira” (Swamp Club, Crash Park e La nuit des taupes).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kamila Mamadnazarbekova, Sorbonne Université

Kamila Mamadnazarbekova é jornalista cultural russa e doutoranda na Sorbonne e na Universidade de Le Mans, com interesses articulados em teatro e performance, antropologia dos vivos, feminismo decolonial, biossemiótica, geofilosofia e novo materialismo. Ela também trabalha como jornalista em colaboração com vários meios de comunicação de língua russa, inglesa, francesa e italiana e faz parte da equipe editorial da revista Teatr de Moscou (Журнал «Театр.») desde 2011. Ela possui mestrado pela Universidade de Le Mans com um tese dedicada ao teatro de Philippe Quesne e à sua cenografia do Antropoceno. Graduou-se na Academia de Teatro de Moscou (GITIS), em 2014, com uma tese sobre a abordagem curatorial de Hortence Archambault e Vincent Baudriller, no Festival de Avignon. Kamila também participa de várias iniciativas de investigação geograficamente dispersas, desde a Escola Britânica de Design (Moscovo) até à TALM – École supérieure d’art et de design Tours-Angers-Le Mans. Atualmente, ela está traduzindo o último trabalho de Catherine Malabou, Le Plaisir effacé. Clitoris et pensée, para o russo.

Referências

Books:

DESCOLA, Philippe. Par-delà de nature et culture. Paris: Gallimard, 2005.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Phasmes. Essais sur l'apparition. Paris: Les éditions de minuit, 1998.

LATOUR, Bruno. Down to earth: politics in the new climatic regime. Cambridge: Polity, 2018.

LATOUR, Bruno. Où atterrir? Comment sórienter en politique. Paris: La Découverte, 2017.

LE SCANFF, Yvon. Paysage romantique et l'expérience du sublime. Seyssel: Éditions Champ Vallon, 2007.

OVID. The Metamorphoses. Traduction by Allen Mandelbaum. London: Everyman's Library, 2013.

PANOFSKY, Erwin. La perspective comme forme symbolique et autres essais. Paris: Les éditions de Minuit, 1976.

RANCIÈRE, Jacques. Le temps du paysage: aux origines de la révolution esthétique. Paris: La Fabrique, 2020.

SABBATTINI, Nicola. Pratique pour fabriquer scènes et machines de théâtre. Lausanne: Ides et Calendes, 2015.

TSING, Anna. The Mushroom at the End of the World. New Jersey: Princeton University Press, 2015.

WEEMANS, Michel; FALKENBURG Reinert L. Pieter Brueghel. Paris: Hazan, 2018.

Journals and Magazines:

BELLET, Catherine. Dossier pédagogique pour La Mélancolie des dragons: conception, mise en scéne et scénographie Philippe Quesne. CDR Tours, 2015. Available in: https://cdntours.fr/sites/default/files/spectacles/dossier_pedagogique_la_melancolie_des_dragons_0.pdf

BOON, Karel G. Patientia dans les gravures de la Réforme aux Pays-Bas. Revue de l’Art, 56 (1982): 7 - 24.e l'Art, 56 (1982): 7 - 24.

HACHE, Émilie. Alpi, d’Armin Linke. Getting back to the wrong nature. In: LEJEALLE, Catherine, et. al. Sciences de la société, 87|2012, 114-127.

LAVIGNE, Aude. Dossier pédagogique autour de Philippe Quesne et du Vivarium Studio, 2009. Available in: https://mediation.centrepompidou.fr/education/ressources/ENS-artsdelascene-theatre/quesne/quesne_00.html

MAMADNAZARBEKOVA, Kamila. Режиссер Филипп Кен: Чтобы спасти человека, ему на помощь должны прийти звери. Snob Magazine, 19/09/2014. Available in: https://snob.ru/selected/entry/81192/

Films:

Trash Humpers. Direction by Harmony Korine. Nashville: Alcove Entertainment and Warp Films, 2009.

Alpi. Direction by Armin Linke. Berlin: Armin Linke Production, 2011.

Others

AUDEN, W. H. “Musée des Beaux-Arts”. Available in: https://www.poetrybyheart.org.uk/poems/musee-des-beaux-arts/

DE LOISY, Jean. Programme on France Culture: “Pieter Brueghel, anthropomorphiste de la nature”, broadcast on 04/08/2019 (first broadcast on 11/11/2018), with Michel Weemans and Sandrine Vézilier-Dussart.

Meeting: “Huts! Poetic Resistance and Political Construction” between Phia Ménard, Philippe Quesne, Gwenaël Morin, Marielle Macé, Christophe Laurence and Ludovic Lamant, moderated by Camille Louis as part of the “Possible worlds” cycle, posted online on 01/06/2019 by the Nanterre-Amandiers communications team.

Downloads

Publicado

2023-12-10

Como Citar

MAMADNAZARBEKOVA, K. A AUTONOMIA DA PAISAGEM NA OBRA DE PHILIPPE QUESNE. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 9, n. 1, p. 117–146, 2023. DOI: 10.5216/ac.v9i1.76525. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/76525. Acesso em: 27 abr. 2024.