O QUE A DANÇA VÊ QUANDO DANÇA

desafios etnográficos da pesquisa e do registro em primeira pessoa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v6i2.65658

Resumo

Etnografias da dança geralmente são construídas do ponto de vista de quem vê a dança e, assim, o que se move, como, aonde, quando e por que são algumas das perguntas que procuramos responder. Porém, quando o ponto de vista encontra-se no dançarino que dança, nos ocorre perguntar: o que de fato vemos quando a perspectiva sobre o movimento analisado está no corpo de quem dança? Do que é, e como é capaz de observar aquele que dança? Se a pessoa dança o que é e muito daquilo do que a pessoa é, é o que ela dança, o quê a dança vê, quando dança? Uma vez que as estranhezas suscitadas pelo encontro de culturas começa nos "limites da pele" (Geertz, 2009) e que "toda descrição é um ato de criação" (De Certeau, 1994) propomos aqui uma reflexão acerca de dois experimentos metodológicos derivados de uma preocupação sobre como realizar registros de dança em primeira pessoa e de que forma representá-los, considerando o processo de experimentação e aprendizado do movimento, no corpo e no espaço em que ele se dá. Trata-se de um diálogo com dançarinos de caboclinho, tradição popular da região da zona da mata de Pernambuco, que compartilham aqui questões e inquietações, num exercício de sinestesia e simetrização antropológica (Beaudet, 2010; Goldman, 2009).

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Publicado

2020-12-26

Como Citar

ACSELRAD, M. . O QUE A DANÇA VÊ QUANDO DANÇA: desafios etnográficos da pesquisa e do registro em primeira pessoa. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 6, n. 2, p. 311–341, 2020. DOI: 10.5216/ac.v6i2.65658. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/65658. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Eixo 3: Antropologias