CORPOS TRANSFORMACIONAIS

A facetrans no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v6i2.64738

Resumo

Este artigo articula a dinâmica de captura da transformabilidade de corpos e gêneros diversos com a manifestação duplamente vinculada da facetrans nas Artes Cênicas brasileiras. Para tanto: 1) Introduz meu conceito de Corpo Transformacional, apresentando discussões sobre ontologias e epistemologias transgêneras; 2) Caracteriza a facetrans e expõe tensões em torno dela, estabelecendo teoria cênica contra a mesma; 3) Mapeia, via análise bibliográfica, distintas noções de representação e representatividade ligadas à facetrans; 4) Investiga, via historiografia, possíveis genealogias e reestruturações desta prática. Estas elaborações visam ser proposições decoloniais transfeministas resistentes à cisheteronormatividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARISTÓTELES. Ética Nicomáquea. Ética Eudemia. Trad. Julio Pallí Bonet. Madrid: Editorial Gredos,1988.

ARISTÓTELES. Poética. Trad. Antônio Carvalho. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1959.

ARISTÓTELES. Política. 1. ed. Trad. Pedro Constantin Tolens. São Paulo: Martim Claret, 2006.

BACCA, Juan David García. In: ARISTÓTELES. Poética. Vérsion directa, introducción y notas de Juan David García Barca. 2° ed. Caracas: Universidad Central de Venezuela, 1970.

BURTON, Johanna; GOSSETT, Reina; STANLEY, Eric (Eds.). Trap Door: Trans cultural production and the politics of visibility. Cambridge: The MIT, 2017.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

DAVIS, Tracy; POSTLEWAIT, Thomas (Eds.). Theatricality. Cambridge: Cambridge University, 2003.

FAVERO, Sofia Ricardo; MARACCI, João Gabriel. Transfake e a busca pela verdade na representação de travestis e pessoas trans. Rebeh, Ceará, v. 1, n. 04, p. 18-39, 2019.

FÉRAL, Josette. Por uma poética da performatividade: o teatro performativo. Trad. Lígia Borges. Sala Preta, São Paulo, v. 8, n.1, p. 197-210, 2008.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda et al. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

FRICKER, Miranda. Epistemic Injustice: Power and the Ethics of Knowing. Oxford: Oxford University, 2007.

Gisberta: “Banco do Brasil”, Belo Horizonte, MG, 2018.

GUINSBURG, Jacob. Diálogos sobre a natureza do teatro. Revista USP, São Paulo, n. 50, p. 6-17, 2001.

AUTOR. Título. 2018. 132 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Departamento de Arte Dramática, UFRGS, Porto Alegre, 2018.

AUTOR. Título. Ephemera, Ouro Preto, v. 2, n. 2, 2019a.

AUTOR. Título. Anais do VI Encontro Científico da ANDA. Salvador: ANDA, 2019b.

HARRISON, Nicholas. Representativity (with reference to Chraïbi). Paragraph, Edinburgh, v. 24, n. 3, p. 30-43, 2001.

JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

JESUS, Jaqueline Gomes de; ALVES, Hailey. Feminismo transgênero e movimentos de mulheres transexuais. Cronos, Natal, RN, v. 11, n. 2, p. 8–19, 2010.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2007.

LIMA, Aldo de. A metáfora: da analogia à técnica de fusão de opostos. Revista Investigações. Pernambuco, UFPE, Pernambuco, v. 18, n. 1, 2015.

LION, Antonio Ricardo Calori de. Ivaná: a grande dúvida no teatro de revista dos anos 1950. Albuquerque: revista de história. Aquidauana, v. 7, n. 14, 2017.

LOTT, Eric. Love & theft: Blackface minstrelsy and the American working class. Oxforf: Oxford University, 2013.

MBEMBE, Achille. On the postcolony. Berkeley: University of California Press, 2001.

OLIVEIRA, Fernanda Areias; NASCIMENTO, Fernando Augusto. Da representação à representatividade trans: a historiografia do travestismo no teatro ludovicense. Urdimento, Florianópolis, v. 3, n. 33, p. 74-97, 2018.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

PUCHNER, Martin. Stage fright: Modernism, anti-theatricality & drama. Baltimore and London: The Johns Hopkins University, 2002.

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006.

SARRAZAC, Jean-Pierre. A invenção da teatralidade. Trad. Sílvia Fernandes. Sala Preta, v. 13, n. 1, p. 56-70, 2013.

SILVA, Rosely de Fatima. Do ato heroico à construção da noção de responsabilidade do agente moral, paralelos entre a Ética Nicomaqueia e a Poética de Aristóteles. 2013. 106 f. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2010.

STRATHERN, Marilyn. The limits of Auto-Anthropology. In: JACKSON, Anthony. (Ed.). Anthropology at Home. London: Tavistock Publications, 1987. p. 59-67.

STRATHERN, Marilyn. Parts and wholes: refiguring relationships in a post-plural world. In: KUPER, Adam. (Ed). Conceptualizing Society. London: Routledge, 1992. p. 74-104.

SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno. Trad. Luiz Sérgio Repa. São Paulo: Cosac Naify, 2001.

TOSI, Giuseppe. Aristóteles e a escravidão natural. Boletim do CPA, n. 15, p. 71, 2003.

TREVISAN, João Silvério. Devassos no Paraíso. Rio de Janeiro: Record, 2000.

VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. 244 f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal da Bahia, Salvador.

VERNANT, Jean-Pierre. Da presentificação do invisível à imitação da aparência. In: VERNANT, Jean-Pierre. Entre mito e política. Trad. Cristiana Murachco. 2. ed. 1. reimpr. São Paulo: EDUSP, [1996] 2009, p. 295-307.

Downloads

Publicado

2020-12-26

Como Citar

HABIB, I. G. CORPOS TRANSFORMACIONAIS: A facetrans no Brasil. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 6, n. 2, p. 68–106, 2020. DOI: 10.5216/ac.v6i2.64738. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/64738. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - Eixo 1: Manifestos Descentrados