O DESTINO MORREU DE REPENTE: DIVERTIMENTO E RESISTÊNCIA EM ALVES REDOL

Autores

  • Walquiria Pereira Batista Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Divertimento, resistência, Alves Redol.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo estudar a peça O destino morreu de repente, de Alves Redol, a partir de dois aspectos: o seu caráter de divertimento, compreendido na linguagem cênica, e a sua temática de resistência. Na referida obra, o autor buscou dirigir-se tanto aos sentidos quanto à inteligência de seu espectador, conjugando entretenimento e denúncia às injustiças sociais de seu tempo. Baseando-se nessas noções, serão examinados simultaneamente os ingredientes do espetáculo como divertimento e os desajustamentos que a peça espelha, escrita sob o regime do Estado salazarista. O referencial teórico adotado consiste basicamente nas concepções de Bertolt Brecht, que consideram o teatro um recinto de diversão, aliada a uma atitude crítica diante da realidade.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Walquiria Pereira Batista, Universidade Federal de Goiás

WALQUÍRIA PEREIRA BATISTA é mestre em filosofia, com a dissertação A Arte Além da Razão: a Tragédia na Reflexão do Jovem Nietzsche, pela Universidade Federal de Goiás. É licenciada em Artes Cênicas pela Escola de Música e Artes Cênicas da mesma universidade, onde também é professora assistente, atuando na área de História e Teoria do Teatro, nos cursos de Artes Cênicas e Direção de Arte.

 

Referências

BRECHT, Bertolt. Teatro dialético – Ensaios. Seleção e introdução de Luiz Carlos Maciel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.

CRUZ, Duarte Ivo. Introdução ao teatro português do século XX. Lisboa: Espiral Biblioteca de Cultura Portuguesa, 1965.

MARQUES, A. H. de Oliveira. História de Portugal: desde os tempos mais antigos até o governo do Sr. Pinheiro de Azevedo. Volume II: Das revoluções liberais aos nossos dias. 2. ed. Lisboa: Palas Editores, 1976.

NEVES, José. O comunismo mágico-científico de Alves Redol. Revista Etnográfica, p. 91-114. maio de 2007.

PASCHKES, Maria Luísa de A. A ditadura salazarista. São Paulo: Brasiliense, 1985.

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. Trad. de J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

REBELLO, Luís Francisco. Breve história do teatro português. 5. ed. Lisboa: Europa-América, 2000.

REDOL, Alves. O destino morreu de repente – Sugestão para um divertimento popular. Vol. Teatro II. Lisboa: Europa-América, 1967.

ROANI, Gerson Luiz. Sob o vermelho dos cravos de abril – Literatura e revolução no Portugal contemporâneo. Revista Letras (UFPR), Curitiba, nº 64, p. 15-32. set./dez. 2004.

ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral, 1880-1980. Trad. de Yan Michalski. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

Downloads

Publicado

2014-09-05

Como Citar

BATISTA, W. P. O DESTINO MORREU DE REPENTE: DIVERTIMENTO E RESISTÊNCIA EM ALVES REDOL. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 1, n. 1, p. 49–60, 2014. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/31060. Acesso em: 9 nov. 2024.

Edição

Seção

Temas Variados