Poéticas do degredo no jogo do ator na Belair Filmes

Autores

  • Sandro de Oliveira Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Acadêmico de Ciências Sociais Aplicadas (IACSA), Goiânia, Goiás, Brasil, nagysandro1@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-5717-8991

DOI:

https://doi.org/10.5216/v.v20.71177

Palavras-chave:

Ator cinematográfico, Desdramatização, Degredo

Resumo

Em parte da produção cinematográfica brasileira, entre o imediatamente pós-AI-5 e até meados dos anos de 1970, uma série de filmes trataram da impossibilidade da existência de um horizonte de libertação social e política através do que este trabalho chama de poéticas do degredo. Através dessas vagâncias por ruas, becos, lixões e estradas, os personagens da Belair Filmes traçaram um processo de desdramatização no espaço cênico, que se tornou procedimento estilístico marcante no jogo do ator (pós-)tropicalista e marginal do cinema brasileiro logo após o “segundo golpe”.

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Biografia do Autor

Sandro de Oliveira, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Acadêmico de Ciências Sociais Aplicadas (IACSA), Goiânia, Goiás, Brasil, nagysandro1@gmail.com

Unidade Universitária Goiânia - Laranjeiras da UEG, Curso de Comunicação Social - Audiovisual, História do cinema, História do cinema brasileiro e LInguagens Audiovisuais.

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Publicado

2023-03-08

Como Citar

DE OLIVEIRA, S. Poéticas do degredo no jogo do ator na Belair Filmes. Visualidades, Goiânia, v. 20, 2023. DOI: 10.5216/v.v20.71177. Disponível em: https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/71177. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Estéticas das viagens