Webcam, sexo, espetáculo e vigilância: reflexões sobre a campanha Sweetie a partir da cultura visual

Autores/as

  • Pablo Petit Passos Sérvio Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão
  • Raimundo Martins Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5216/vis.v16i2.56388

Palabras clave:

Visual culture, Surveillance, Spectacle, Webcams

Resumen

Para desarrollar reflexiones sobre experiencias visuales contemporáneas relevantes para la Cultura Visual, este artículo utiliza la campaña Sweetie de la ONG holandesa Terre des Hommes que denuncia el fenómeno del turismo sexual por webcam. Discutimos la pornografía por webcam, su relación con el voyeurismo, narcisismo y exhibicionismo analizando como el espectáculo se confunde con vigilancia y vigilancia se confunde con espectáculo en la estructura social global posibilitada en la web. Relaciones de poder, de clase, género y etnia que marcan el turismo sexual por webcam denunciado por Terre des Hommes confrontan las expectativas de veracidad que nutrimos en relación con imágenes de webcam. Por fin, discutimos interacciones con imágenes de cuerpos que menosprecian ética a favor de la estética a explorar el deseo de control y la autoestimulación subjetiva de placeres.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Pablo Petit Passos Sérvio, Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás. É professor efetivo do Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão. Tem publicado capítulos de livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.

 

Raimundo Martins, Universidade Federal de Goiás

Doutor em educação/artes pela Southern Illinois University (EUA). É professor titular da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás e pesquisador permanente do Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual. É autor (com Irene Tourinho) da coleção Cultura Visual e Educação publicada pela Editora UFSM. Tem publicado capítulos de livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.

Citas

ABREU, C. Imagens que não afetam: questões de gênero no

ensino da arte desde a perspectiva crítica feminista e da

cultura visual. In: ENCONTRO DA ANPAP, 24., 2015, Santa

Maria. Anais... Santa Maria: Anpap, 2015. p. 3927-3942.

ARANTES, P. @rte e mídia: perspectivas da estética digital.

São Paulo: Editora Senac, 2005.

BENNETT, T. The Exhibitionary Complex. New Formations,

Chadwell Heath, n. 4, p. 73–102, spring 1988.

BERGER, J. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

BRUNO, F. Máquinas de ver, modos de ser: visibilidade e

subjetividade nas novas tecnologias de informação e de

comunicação. Revista da FAMECOS, Porto Alegre, v. 24,

p. 110-124, 2004.

CAMPOS, R. M. D. O. Pintando a cidade: uma abordagem

antropológica ao graffiti urbano. 2007. 512 f. Tese (Doutorado

em antropologia) – Universidade Aberta, Lisboa, 2007.

CHARRÉU, L. Imagens globais, cultura visual e educação artística:

impacto, poder e mudança. In: MARTINS, R.; TOURINHO,

I. (Org.). Cultura das imagens: desafios para a arte e

para a educação. Santa Maria: Editora da UFSM, 2012. p. 39-54.

CRARY, J. Spectacle, attention, counter-memory. October,

Cambridge, v. 50, p. 97-107, Outono 1989.

______. Técnicas do observador: visão e modernidade no

século XIX. Rio de Janeiro: Contratempo, 2012.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo: comentários sobre a

sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

DIAS, B. Pré-acoitamentos: os locais da arte/educação e da

cultura visual. In: MARTINS, R. (Org.). Visualidade e

educação. Goiânia: FUNAPE, 2008. p. 37-53.

DIAS, B. Ensinando fora do eixo: cultura visual queer. In:

ENCONTRO DA ANPAP, 21., 2012, Rio de Janeiro. Anais...

Rio de Janeiro: Anpap, 2012. 2111-2125.

DUBOIS, R. Luke. A more perfect union. 2011. Conjunto de 39

gravuras, 38 mapas, 1 título. Pigmento-tinta no photo rag.

de altura x 91,5 cm, cada. Edição de 6.

FLORES, V. A imagem técnica e a sua crença: a confiança

visual na era digital. Lisboa: Editores Nova Vega, 2012.

FLUSSER, V. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura

filosofia da fotografia. São Paulo: Hucitec, 1985.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. 32. ed.

Petrópolis: Vozes, 1987.

GATTO, F. G. Pospornografia. Estudios Visuales, Murcia, n. 5,

p. 95-106, jan. 2008.

GUNNING, T. O retrato do corpo humano: a fotografia, os

detetives e os primordios do cinema. In: CHARNEY, L.;

SCHWARTZ, V. R. (Org.). O cinema e a invenção da vida

moderna. 2. ed. São Paulo: Cosac Naif, 2004. p. 33-66.

HAKIM, Catherine. Erotic capital. European Sociological

Review, Oxford, v. 26, p. 499-518, 2010.

HARVEY, Adam. CV Dazzle. 2010. 5 padrões de camuflagem

compostos por maquiagens e cortes de cabelo que impedem

detecção facial computacional.

HERNANDEZ, F. Catadores da cultura visual: proposta para

uma nova narrativa educacional. Porto Alegre: Editora

Mediação, 2007.

HUNT, L. The invention of pornography: obscenity and the

origins of modernity, 1500-1800. New York: Zone Books, 1993.

ILLERIS, H.; ARVEDSEN, K. Fenômenos e eventos visuais:

algumas reflexões sobre currículo e pedagogia da cultura

visual. In: MARTINS, R.; TOURINHO, I. (Org.). Cultura

das imagens: desafios para a arte e para a educação. Santa

Maria: Editora da UFSM, 2012. p. 283-310.

JAGODZINSKY, J. As negociações da diferença. In: GUINSBURG,

J.; BARBOSA, A. M. (orgs.). O pós-modernismo. São

Paulo: Perspectiva, 2005. p. 661-689.

KEEN, A. Vertigem digital: por que as redes sociais estão nos dividindo,

diminuindo e desorientando. São Paulo: Zahar, 2012.

KENDRICK, W. M. The secret museum: pornography in

modern culture. New York: Viking, 1987.

KINCHELOE, J.; MCLAREN. Repensando a teoria crítica e a

pesquisa qualitativa. In: DENZIN, N.; LINCOLN, Y. (Org.).

O planejamento da psequisa qualitativa: teorias e abordagens.

Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 281-313.

KOSMINSKY, D. C. O olhar inocente é cego: a construção

da cultura visual moderna. Tese (Doutorado em Artes

e Design) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro: Rio de Janeiro, 2008.

LA TAILLE, Y. D. Formação ética: do tédio ao respeito de si.

Porto Alegre: Artmed, 2009.

LOPES, M. Pornografia amadora em tempo real: observações

preliminares sobre o CAM4. Simpósio em tecnologias digitais

e sociabilidade. Salvador: [s.n.]. 2013. p. 1-14.

MACHADO, A. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas

tecnológicas. 3. ed. São Paulo: Editora da Universidade de

São Paulo, 2001.

MANOVICH, L. The Language of New Media. London: MIT

Press, 2001.

MIRZOEFF, N. An introduction to visual culture. London:

Routledge, 1999.

MITCHELL, W. J. T. Showing seeing: a critique of visual

culture. Journal of visual culture, Thousand Oaks, v. 1, n. 2,

p. 165-181, 2002.

MULVEY, L. Prazer visual e cinema narrativo. In: MACEDO,

A. G.; RAYNER, F. (Org.). Género, cultura visual e performance.

Minho: Edições Húmus, 2011. p. 121-132.

POLLOCK, G. A modernidade e os espaços da feminilidade.

In: MACEDO, A. G.; RAYNER, F. (Org.). Género, cultura

visual e performance. Minho: Edições Húmus, 2011. p. 53-68.

RUBIN, Ben; HANSEN, Mark. Listening post. 2003. Instalação

eletrônica audiovisual composta por 231 telas. Encontra-se

exposta no Whitney Museum of American Art, Nova York, EUA.

SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

______. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão.

Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

SILVEIRA, S. A. D. Redes cibernéticas e tecnologias do anonimato.

Comunicação & Sociedade, v. 30, n. 51, p. 113-134, jan./

jun. 2009.

SEVAGGIO, Leo. URME. 2014. Instalação interativa composta

por máscaras protéticas 3D, webcams, telas de computador,

máscaras de papel e um aplicativo de reconhecimento facial.

STEHLI, Jemina. Strip. 2000. Série de 56 fotografias coloridas,

formato 32 x 27 cm.

ULMAN, Amalia. Excellences & Perfections. 2014. Performances

fotográficas com 175 fotografias e legendas postadas na

rede social Instagram. A obra foi lançada como parte do

projeto New York's first look program, de 2014.WEBCAM CHILD SEX TOURISM - Becoming Sweetie: a novel

approach to stopping the global rise of Webcam Child Sex

Tourism. Terre des Hommes, 2013. Disponivel em:

www.terredeshommes.nl/sites/tdh/files/uploads/research_

report.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2017.

WOLFF, F. Por trás do espetáculo: o poder das imagens. In:

NOVAES, A. Muito além do espetáculo. São Paulo: Editora

Senac, 2005. p. 16-45.

YOSHIYUKI, Kohei. The park. 1971-1973. Série de 62 fotografias

em preto e branco de 31,12 cm de altura por 46,51 cm de

comprimento. Coleção SFMOMA. Fotografias publicadas

em várias edições, sendo a mais recente a do livro The Park

-73 pela editora Osiris de Tóquio, em 2011, que conta com

fotografias 30cm de altura x 42 cm de comprimento.

Publicado

2018-12-19

Cómo citar

PETIT PASSOS SÉRVIO, P.; MARTINS, R. Webcam, sexo, espetáculo e vigilância: reflexões sobre a campanha Sweetie a partir da cultura visual. Visualidades, Goiânia, v. 16, n. 2, 2018. DOI: 10.5216/vis.v16i2.56388. Disponível em: https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/56388. Acesso em: 19 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê Cultura Visual 3