As modelos negras na publicidade de moda no Brasil dos anos 1960 - DOI 10.5216/vis.v7i2.18190
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https://doi.org/10.5216/vis.v7i2.18190Abstract
Neste artigo analiso como e porque, em meados dos anos 1960, a publicidade de moda da Rhodia Têxtil introduz pioneiramente modelos negras em suas campanhas veiculadas na mídia impressa (editoriais de moda, reportagens e anúncios impressos) como forma de agregar caracteres positivos às suas marcas. No período, tal inserção é uma exceção à regra, pois nas poucas vezes em que os negros apareciam na publicidade produzida no país, ocupavam frequentemente o espaço estigmatizado destinado à criadagem. Para tentar entender essa decisão, em aparente descompasso com a realidade do mercado, analiso a partir dos estudos sobre cultura visual de DUBY (1992), MAUAD (1966), BARTHES (1990); consumo e publicidade de MCCRACKEN (2003), FARIAS (2003) e FRY (2002); texto e imagem que compõem as campanhas veiculadas nas principais revistas de variedades e femininas nacionais então em circulação: Manchete, O Cruzeiro, Claudia e Jóia. Examino, ainda, porque a inserção das modelos negras em desfiles, editoriais e campanhas publicitárias no contexto da moda internacional, sobretudo nos Estados Unidos, a contar do momento em que se extingue a segregação racial, favorece a participação de modelos negras brasileiras em peças publicitárias da Rhodia Têxtil.Palavras-chave: Modelos negras, publicidade, moda
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