A Fabulação de Imagens Migrantes em Entre Cercas e Era o Hotel Cambridge
DOI:
https://doi.org/10.5216/v.v22.78747Palavras-chave:
cinema e teatro, migrantes contemporâneos, análise fílmicaResumo
O artigo utiliza o método da cena, proposto por Jacques Rancière, e a dinâmica da poiésis teatral, elaborada por Jorge Dubatti, para escrever como a potência da figuração engendra fricções entre teatro e cinema. Para tanto, serão analisadas duas obras fílmicas, acionadas como objetos de estudo, trazendo como hipótese central a importância dos atores migrantes na renovada política de imagens, preparando ou movendo a cena para a transformação de agentes errantes em pessoas predicais.
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