Um olho aberto na noite: em torno dos fotogramas de Éric Rondepierre
DOI:
https://doi.org/10.5216/vis.v15i1.46433Palavras-chave:
Fotografia, Cinema, Éric RondepierreResumo
Este artigo ressalta alguns engajamentos da linguagem fotográfica de Éric Rondepierre, artista particularmente concernido pelas metamorfoses da imagem em razão da usura do tempo no dispositivo cinematográfico. Seu trabalho de arquivista e arqueólogo dos fotogramas, essas imagens congeladas dos filmes, tem configurado nos últimos 30 anos uma surpreendente visualidade ancorada no espectral, no híbrido e no descontínuo. Ao narrar a travessia iniciática de um sujeito do olhar pelas materialidades da imagem fílmica, o romance La Nuit Cinéma (2005), ficcionalização de seu fazer artístico, presta-se aqui a balizar um percurso por seus motivos mais significativos: o limite, o desvio, o acaso, o vazio, operadores de uma latência que ajuda a repensar as eficácias do visual e os mecanismos do imaginário em tempos de um contínuo fluxo narrativo.
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