DETERMINAÇÃO
DOS NÍVEIS SÉRICOS DE PROTEÍNA C-REATIVA (CRP) EM CÃES COM ALTERAÇÕES
DOS
PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS
Deniz
Anziliero1, Eduarda Bassi2, Katrin Macedo Pain3,
Stella de Faria Valle4, Luiz Carlos Kreutz5
RESUMO
O
sistema imune natural responde ao processo infeccioso ou inflamatório
produzindo uma série de proteínas inflamatórias, com atividade
inespecífica,
denominadas de proteínas de fase aguda, entre as quais se destaca a
Proteína
C-Reativa (CRP). O presente estudo teve como objetivo investigar a
correlação
entre as alterações dos parâmetros hematológicos em cães e a presença
de CRP na
circulação sanguínea. Amostras de sangue de 70 cães atendidos em um
Hospital
Veterinário Universitário foram submetidas ao hemograma e à
quantificação da
CRP; em um segundo momento, amostras de sangue de cães inoculados
experimentalmente com uma suspensão inativada de Micrococcus luteus
(ATCC 7468) foram submetidas a mesma avaliação. De acordo com os
parâmetros
hematológicos e a presença ou não de CRP, pode-se classificar os
animais em
cinco grupos distintos: grupo A) cães negativos para a CRP e hemograma
normal;
grupo B) cães positivos para a CRP e hemograma normal; grupo C) cães
positivos
para a presença de CRP e hemograma alterado (neutrofilia e
leucocitose); grupo
D) cães positivos para a CRP, com neutrofilia; grupo E) cães positivos
para a
CRP e leucopenia. Cães inoculados experimentalmente com M.
luteus apresentaram um aumento significativo na concentração de
CRP, entre 24 e 48 horas após inoculação, com um decréscimo nas
concentrações
gradativamente até o 10º dia. Nesses animais, observou-se uma discreta
neutrofilia e leucocitose coincidindo com o pico nos valores da CRP.
Baseado
nos resultados acima, concluiu-se que a determinação da presença da CRP
em cães
pode ser utilizada como uma importante ferramenta no diagnóstico
veterinário.
Haja vista a rapidez com que o teste é executado, o baixo custo e a
necessidade
de pequena quantidade de amostras, a utilização da CRP pode auxiliar o
monitoramento da evolução de um processo infeccioso/inflamatório.
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SERUM C-REACTIVE
PROTEIN
(CRP)
MEASUREMENT IN DOGS WITH ALTERED HEMATOLOGICAL PARAMETERS
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
As
alterações sistêmicas da fase aguda, no decorrer
do processo inflamatório, incluem febre, elevação no número de
leucócitos
circulantes, alterações dos níveis de cortisol sanguíneos e variações
nas
concentrações plasmáticas, de um grupo de proteínas denominadas de
proteínas de
fase aguda (MARTÍNEZ-SUBIELA et al., 2001; CECILIANI et al., 2002). As
proteínas
de fase aguda (PFA) são classificadas segundo suas caraterísticas
regulatórias
positivas ou negativas, quando consideradas as concentrações detectadas
na
corrente sanguínea do organismo (MURATA et al., 2004). No grupo de
proteínas
com característica regulatória negativa, estão classificadas a albumina
e a
transferina. Já as PFA de caráter positivo são classificadas como
glicoproteínas, sintetizadas essencialmente pelos hepatócitos no
fígado, sob a
ação de citocinas pró-inflamatórias. Nesse grupo, estão inseridas a
hepatoglobina, a proteína sérica amilóide A, ceruloplasmina,
glicoproteína
alfa-1-ácido, o fibrinogênio e a Proteína C-reativa (MURATA et al.,
2004;
EKERSALL et al., 2011). Dentre essas proteínas, destaca-se
principalmente a
Proteína C-Reativa (CRP), sintetizada no fígado sob influência de
citocinas
como o fator de necrose para tumores (TNF), interferon-γ (INF- γ) e das
interleucinas 1 (IL-1) e 6 (IL-6), que são produzidas por um grupo
restrito de
células, principalmente pelos macrófagos
em resposta a estímulos externos (CERÓN et al., 2005). A CRP pertence à
família
das pentraxinas e tem se mostrado uma forte indicadora da inflamação
e/ou
infecção na Medicina Veterinária (RIKIHISA et al., 1994; YAMAMOTO et
al., 1994;
HAYASHI et al., 2001; SHIMADA et al., 2002; EKERSALL & BELL, 2010).
A CRP
tem um importante papel na interação entre a resposta imune intata e
específica, atuando na opsonização, interação com receptores
específicos da
fagocitose, ativação da via clássica do complemento, síntese de
citocinas e,
por fim, atuando na regulação da resposta imunológica do hospedeiro (DU
CLOS
& MOLD, 2001). Por outro lado, as citocinas geradas durante o
processo
inflamatório/infeccioso fornecem diferentes estímulos à medula óssea,
alterando
os parâmetros hematológicos, os quais são pontos-chave para avaliar a
presença
ou não de infecções na clínica veterinária, principalmente em pequenos
animais
(JAIN et al., 2011).
No
diagnóstico veterinário, a confecção do
hemograma necessita, invariavelmente, de amostras coletadas
adequadamente e que
apresentem excelente padrão de qualidade, evitando-se, assim, a geração
de
resultados inconsistentes e duvidosos. Nesse processo, são necessárias
quantidades significativas e frequentes de sangue (1 a 3 mL) e total
ausência
de fibrina, o que nem sempre se torna viável ou possível de se obter,
principalmente em animais de raças pequenas e/ou de temperamento
agressivo.
Nesses casos, a utilização de outros biomarcadores do processo
infeccioso e/ou
inflamatório, mais rápidos, práticos e de reduzido custo, assumem um
papel
fundamental para a elaboração tanto de um diagnóstico, como para o
prognóstico
e monitoramento de terapias antimicrobianas em cães (EKERSALL &
BELL,
2010). Até o presente momento, a literatura ainda é escassa e/ou
inconsistente
sobre a interação entre as alterações nos parâmetros hematológicos e a
presença
das PFA, principalmente da Proteína C-Reativa (BURTON et al., 1994).
Atualmente,
no Brasil, não há kits disponíveis
específicos para a espécie canina passíveis de serem utilizados na
detecção da
Proteína C-Reativa e, considerando as dificuldades de importação desse
tipo de
material, seja pelas restrições alfandegárias e/ou pelo elevado custo,
a
utilização dessa ferramenta torna-se inviável, principalmente nas
clínicas
veterinárias do país. Na última década, a comunidade científica
internacional,
através de uma forte corrente, vem demonstrando a possibilidade da
utilização
de reagentes heterólogos, principalmente os utilizados para humanos,
para a
detecção da CRP em cães. Nesses estudos, a Proteína C-Reativa é
mensurada por
técnicas automatizadas como a imunoturbidimetria, amplamente utilizada
em
humanos e, mais recentemente, por meio de ensaios imunoenzimático e
kits de CRP
altamente sensíveis (KJELGAARD-HANSEN et al., 2003; FRANSSON et al.,
2007;
MUNHOZ et al., 2009; KLENNER et al., 2010; PAIN et al., 2013).
Considerando que
a grande maioria dos hospitais veterinários e, principalmente, as
clínicas
veterinárias brasileiras não possuem a estrutura e os equipamentos
necessários
para a realização dessas técnicas, e a disponibilidade de uma técnica
rápida e
de baixo custo poderia auxiliar consideravelmente tanto no diagnóstico
de
infecções, como no prognóstico e acompanhamento do tratamento em cães.
Assim,
o objetivo do presente estudo foi avaliar a
presença e a cinética de atuação da CRP, por meio da técnica de
aglutinação em
látex e sua possível associação com alterações hematológicas em
caninos,
visando, assim, difundir a ideia da sua utilização como um método
auxiliar na
determinação de processos inflamatórios e monitoramento terapêutico.
MATERIAL E MÉTODOS
Na
segunda etapa, doze cães sem raça definida
(machos e fêmeas) do Biotério Central da Instituição, previamente
testados, e
que apresentavam hemograma sem alterações e resultado negativo para CRP
os
animais foram inoculados, por via intramuscular, com um antígeno
bacteriano (Micrococcus luteus ATCC 7468, 1 mL,
densidade óptica de 0,5/OD492nm), inativado pelo calor a
60ºC por 30
min, com o objetivo de induzir uma resposta inflamatória. Amostras de
sangue
foram coletadas com intervalos de 2 a 3 dias para a determinação dos
parâmetros
hematológicos e da Proteína C-Reativa por um período de 10 dias.
O
presente trabalho foi realizado em conformidade
com as normas do COBEA e de acordo com o Comitê de ética em
Pesquisa – CEP
na época de realização do estudo.
As
amostras foram coletadas em tubos com e sem EDTA
para realização do hemograma e da CRP, respectivamente. O hemograma foi
realizado por método automatizado e a contagem diferencial de
leucócitos foi
obtida por meio de esfregaços sanguíneos corados pelo método panótico
rápido
(WEISS & TVEDTEN, 2004), seguido da contagem diferencial em
microscópio
ótico (1000X), utilizando-se como referência valores previamente
citados na
literatura (MEDÁILLE et al., 2006; BECKER et al., 2008).
A
presença e quantificação da CRP foram feitas
utilizando-se um kit de aglutinação em látexa, utilizado em
humanos,
segundo recomendações do fabricante (In Vitro Diagnóstica, S/A):
amostras de
soro (25μL) foram misturadas em igual volume do reagente sobre uma
placa de
vidro. A ocorrência de uma nítida aglutinação foi indicativa da
presença de CRP
na concentração mínima de 6mg/mL
(limite inferior de sensibilidade para soro humano); controles
positivos e
negativos foram utilizados durante os testes. Em seguida, as amostras
positivas
foram diluídas seriadamente (fator 2) em solução salina (0,9%;
diluições de 1:2
a 1:256, equivalente a concentrações séricas de 12 a 1536 mg/mL,
respectivamente) para determinar a quantidade de CRP nas amostras de
soro.
Para
testarmos a hipótese da existência de
correlação entre os dois testes os dados da CRP e do hemograma foram
tabulados
e submetidos à análise estatística pela equação de Pearson para a
determinação
do coeficiente de correlação seguido da existência de concordância
entre os
testes pelo teste do coeficiente Kappa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na
segunda etapa do experimento, pode-se observar
que os cães inoculados experimentalmente com o M. luteus apresentaram
um pico nos níveis da Proteína C-Reativa entre 24 a 48 hpi, valores que
foram
decrescendo rapidamente nos dias subsequentes à inoculação (Figura 1). É
interessante observar que o pico de CRP coincidiu com uma discreta
leucocitose
seguida de neutrofilia (Figura 2). No entanto,
observou-se que os níveis
séricos de CRP aumentam ou diminuem com mais intensidade e mais
rapidamente que
as discretas alterações do hemograma.
A
resposta temporal da CRP à inoculação do M. luteus foi
similar àquela observada
anteriormente para a infecção com Bordetella
bronchiseptica (YAMAMOTO et al., 1994) ou pela administração
intramuscular
(IM) de caseína (PARRA et al., 2005), porém muito mais rápida do que a
observada quando da infecção experimental por Ehrlichia
canis (RIKIHISA et al., 1994; SHIMADA et al., 2002) ou Trypanossoma
brucei (NDUNG’G et al.,
1991). Essa diferença temporal deve-se principalmente à natureza do
antígeno
inoculado; tanto o inóculo inativado de M.
luteus ou a inoculação IM de caseína (PARRA et al., 2005), quanto à
infecção ativa com B. bronchiseptica
(YAMAMOTO et al., 1994) permanecem no exterior das células (antígenos
exógenos)
e são reconhecidos imediatamente pelos macrófagos, gerando o estímulo
necessário para a secreção de CRP; por outro lado, o desafio por E. canis e o T. brucei replicam-se
lentamente no interior das células
fagocíticas, principalmente monócitos e macrófagos, e o estímulo para
produção
de citocinas pró-inflamatórias indutoras de CRP somente ocorre após a
liberação
de grande quantidade de microorganismos na corrente sanguínea. Não
obstante, a
constituição da parede celular dos microorganismos apresenta
características
peculiares, com presença maior, menor ou com ausência de
lipopolissacarídeos e,
consequentemente, resultando em formas distintas de estimulação dos
macrófagos
e, logo, das citocinas responsáveis pela mediação da produção de CRP.
Devido
aos diferentes métodos utilizados para
determinação da Proteína C-Reativa, não é possível estabelecer uma
relação fiel
entre a quantidade (mg/mL)
de CRP detectada nos diferentes estudos, principalmente devido ao fato
de o
método utilizado no presente trabalho (aglutinação em látex) apresentar
sensibilidade inferior ao teste imunoenzimático (ELISA) e/ou ao ensaio
de
imunoturbidimetria, frequentemente utilizado nos demais estudos
(NDUNG’G et
al., 1991; RIKIHISA et al., 1994; SHIMADA et al., 2002; PARRA et al.,
2005). No
entanto, em relatos utilizando antígeno bacteriano infeccioso (B. bronchiseptica), os níveis médios
detectados (498 ± 132 mg/mL)
foram ligeiramente superiores, enquanto que a infecção por E.
canis (pico de 40 mg/mL)
e a inoculação de caseína (média de 44,89 mg/mL)
induziram níveis séricos de CRP muito abaixo do pico detectado nesta
amostragem
(192 mg/mL).
Além disso, deve-se
considerar que, no presente estudo, utilizou-se inóculo inativado, em
comparação com os inóculos infecciosos de B.
bronchiseptica (YAMAMOTO et al., 1994) e E. canis
(RIKIHISA et al., 1994; SHIMADA et al., 2002) ou T. brucei
(NDUNG’G et al., 1991).
Ao
se comparar os níveis séricos de CRP de cães do
grupo C e D, notou-se que um processo infeccioso ativo induz níveis
séricos de
CRP similar ao da infecção experimental por B.
bronchiseptica (YAMAMOTO et al., 1994), independentemente da
sensibilidade
do teste utilizado. E mais, cães com diversos quadros clínicos
patológicos
(Leishmaniose, piometra, sepse, tumor mamário, entre outros)
apresentaram
níveis séricos de CRP que variaram de 29,98 a 1536 mg/mL;
por outro lado, cães considerados sadios apresentaram níveis séricos de
CRP
entre 0,0 e 3,47 mg/mL
(PARRA et al., 2005; BASSO et al., 2007), níveis que não poderiam ser
detectados no presente experimento devido à sensibilidade do teste
utilizado.
Não obstante, foi demonstrada uma correlação positiva significativa
entre a
detecção da CRP por ambos os métodos (aglutinação em látex e ELISA),
conforme
descrito por VEIGA et al. (2009).
No
presente trabalho, foi encontrada uma correlação
positiva forte entre os resultados da CRP e o hemograma (leucocitose e
neutrofilia) (p=0,77 e p=0,93, respectivamente). Quando testados os
valores de
concordância entre ambos os testes, foi encontrado um valor Kappa de
0,53,
considerado moderado. Assim, os dados do presente trabalho nos permitem
afirmar
que a utilização do método de aglutinação em látex poderia ser
utilizado como
uma alternativa no monitoramento do processo infeccioso e na orientação
de
procedimentos terapêuticos.
A
rápida variação (aumento e diminuição) dos níveis
de CRP detectada nos cães experimentalmente inoculados com M.
luteus deve-se ao fato de a CRP ser induzida imediatamente e tão
somente em resposta às citocinas pró-inflamatórias TNF, IL-1 e IL-6, as
quais,
são produzidas em grandes quantidades pelos macrófagos em resposta a
antígenos
(JAIN et al., 2011). Esses níveis, quando da estimulação das citocinas,
podem
aumentar em níveis de 100 a 1000 vezes aos valores basais. Por outro
lado, a
proteína C-reativa tem meia-vida curta na circulação sanguínea e sua
produção é
prontamente interrompida quando cessa o estímulo antigênico – remoção
do foco
infeccioso (EKERSALL & BELL, 2010). Em contraste, a resposta da
medula
óssea às citocinas é mais lenta e seus efeitos, obviamente, estendem-se
por um
período de tempo maior, devido à meia-vida relativamente longa dos
leucócitos,
o que é traduzido pela leucocitose e neutrofilia (WEISS & TVEDTEN,
2004),
geralmente observados em cães com um processo infeccioso em fase de
resolução.
De fato, observando-se os resultados da determinação da CRP e do
hemograma dos
cães analisados nesse experimento, fica evidente que os cães do grupo B
(CRP
positiva/ hemograma normal) encontravam-se no início de um processo
infeccioso,
ou processo infeccioso discreto, como aquele observado pela inoculação
do M. luteus, porém não detectado ainda
pela leitura do hemograma. Os cães dos Grupos C e D (CRP alterada e
leucocitose
e/ou neutrofilia) encontravam-se visivelmente com um processo
infeccioso/inflamatório em andamento ou em fase de resolução,
respectivamente.
Finalmente, os dados dos animais do grupo E sugerem o início de uma
possível
infecção viral, indicada no diagnóstico clínico (comunicação pessoal -
dados
não mostrados).
A
intensa resposta detectada para a CRP, aliada à
leucopenia, foi recentemente demonstrada em trabalhos experimentais com
parvovirose canina, em que a CRP apresenta-se como um forte biomarcador
e
excelente indicativo do prognóstico de infeções (GODDARD et al., 2008;
KOKATURK
et al., 2010). De fato, essas interpretações são condizentes com o
quadro
clínico de cada animal, conforme dados obtidos das fichas de
requisições dos
exames hematológicos.
CONCLUSÃO
FONTES DE AQUISIÇÃO
a
In vitro Diagnóstica S/A, Itabira, MG
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