DOI: 10.5216/cab.v12i1.8986

AVALIAÇÃO ERITROCITÁRIA E BIOQUÍMICA DE JUNDIÁS (Rhamdia quelen) SUBMETIDOS À DIETA COM DIFERENTES NÍVEIS PROTÉICOS E ENERGÉTICOS


Leticia Hayashi Higuchi,¹ Aldi Feiden,² Márcia Luzia Ferrarezi Maluf,²
 Jackeline Marcante Dallagnol,² Micheli Zaminhan² e Wilson Rogério Boscolo²

1. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste. E-mail: biologaleticiahh@hotmail.com
2. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste



RESUMO

Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de diferentes rações sobre os parâmetros eritrocitários (hemácias, hemoglobina e hematócrito) e bioquímicos (glicose, albumina e proteína) de jundiás (Rhamdia quelen). Utilizaram-se 36 jundiás (comprimento médio = 32 ± 11 cm e peso médio = 442 ± 46 g), provenientes de tanques-rede localizados no município de Santa Helena, PR. Foram testados seis tratamentos com diferentes níveis proteicos – 25%, 30% e 35 % – e dois níveis de energia digestível 3.250 e 3.500 kcal. Os valores médios obtidos para hemácias (106/µL) foram de 1,98 ± 2,21, hemoglobina (g/dL) 8,33 ± 10,50 e hematócrito (%) 35,00 ± 47,00. Os parâmetros bioquímicos para glicose (mg/dL), proteína (mg/mL) e albumina (g/dL)  foram  75,92 ± 124,30; 5,78 ± 6,92 e 3,33 ± 4,42, respectivamente. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que não houve diferença (P>0,05) entre os parâmetros eritrocitários e bioquímicos em relação aos níveis de proteína e energia analisados.

Palavras-chaves: Hematologia, Rhamdia quelen, tanques-rede, dietas.


ABSTRACT

ERYTHROCITARY AND BIOCHEMICAL EVALUATION OF Ramdhia quelen SUBMITTED TO DIETS WITH DIFFERENT PROTEIC AND ENERGETIC LEVELS

The aim of the study was to evaluate the effect of different diets on erythrocitary (erythrocytes, hemoglobin and hematrocit) and biochemical (glucose, albumin and protein) parameters of Rhamdia quelen fish. A total for 36 Rhamdia quelen fish (mean length = 32 ± 11 cm and mean weight = 442 ± 46g), from net cages located in Santa Helena, Paraná, Brazil were used. Six treatments with different protein levels (25, 30 and 35%) and two digestible energy levels (3250 and 3500 kcal) were tested. The mean values obtained were 1.98 ± 2.21 for erythrocytes (106/µL), 8.33 ± 10.50 for hemoglobin (g/dL), and 35.00 ± 47.00 for hematrocit (%). The biochemical parameters for glucose (mg/dL), protein (mg/mL) and albumin (g/dL) were 75.92 ± 124.30, 5.78 ± 6.92 and 3.33 ± 4.42, respectively. The results obtained showed no difference (P>0.05) between erythrocitary and biochemical parameters regarding the protein and energy levels analyzed.

Keywords: Cages, Hematology, Rhamdia quelen, diets.

INTRODUÇÃO

Na criação de peixes, quanto maior for a quantidade de ração, melhores serão o aproveitamento do alimento e a taxa de crescimento dos animais. Para que isso ocorra, a dieta deve possuir energético e proteico, conter os aminoácidos necessários e os níveis adequados, além de ter boa digestibilidade (PASTORE, 1999).
A determinação das exigências de proteína e energia é essencial para o cultivo de qualquer espécie, pois a proteína é o principal nutriente na dieta dos peixes, representando o maior custo econômico no cultivo intensivo. Já a energia é, quantativamente, o componente mais importante da dieta, uma vez que geralmente animais monogástricos comem para satisfazer primeiramente suas exigências energéticas, sendo que quanto maior for a energia na dieta menor tenderá a ser seu consumo (NG et al., 1998).
Ao se formular uma dieta, deve-se buscar o balanço nutricional dos nutrientes para suprir o crescimento e a sanidade dos animais, mas, também, deve-se processá-la para que tenha propriedades físicas desejáveis (NRC, 1993).
O jundiá (Rhamdia quelen) é um siluriforme de hábito onívoro, encontrado desde o sul do México até a Argentina (LAZZARI et al., 2006). Também conhecido como bagre do sul americano (TAVARES-DIAS et al., 2002), esse teleósteo apresenta carne saborosa e bem aceita pelos consumidores, o que leva à sua grande importância comercial .
A hematologia vem se tornando um precioso instrumento no conhecimento das alterações fisiológicas que ocorrem nos peixes, Essas alterações são causadas, principalmente, por fatores internos como sexo,  maturação gonodal, idade, modo de vida e pelas mudanças em fatores de água, como teor de oxigênio dissolvido, temperatura, pH e condutividade elétrica (RANZANI-PAIVA et al., 2004).
A simplicidade da maioria das técnicas de amostragem de sangue é, provavelmente, responsável pelo crescente aumento do uso da hematologia como meio de se estabelecer o estado de saúde dos peixes. Esse tipo de análise é importante tanto na avaliação da resistência quanto na avaliação nutricional dos peixes (RANZANI-PAIVA, 2005).
Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os parâmetros eritrocitários do jundiá (Rhamdia quelen – Pimelodidae), com diferentes rações, determinando-se o número de hemácias, hematócrito, taxa de hemoglobina e parâmetros bioquímicos por meio da dosagem de proteína, albumina e glicose.

MATERIAL E MÉTODOS

Peixes e características de criação
A coleta de sangue foi realizada na Unidade Demonstrativa de Aquicultura: tanques-rede para cultivos experimentais e demonstrativos, no Reservatório de Itaipu, município de Santa Helena, PR, Brasil. As análises hematológicas e bioquímicas foram realizadas no Laboratório de Microbiologia da Unioeste,  Câmpus, Toledo, PR.
Esse experimento iniciou-se em janeiro de 2006. Os animais foram acondicionados em tanques-redes (5m³), com estocagem em densidade de 80 indiví­duos/m³, e alimentados duas vezes por dia. Os peixes foram alimentados com seis rações experimentais com diferentes níveis de proteína 25%, 30% e 35%, respectivamente, e dois níveis de energia digestível 3.250 e 3.500kcal. (Tabela 1). Após sete meses de alimentação foi realizada a coleta de sangue para as análises hematológicas e bioquímicas. Foram utilizados 36 jundiás provenientes de tanques de cultivo, com comprimento padrão médio ± desvio-padrão de 32 ± 11 cm e peso médio de 442 ± 46g.

Coleta de sangue
Os peixes foram capturados, anestesiados com benzocaína 75mg/L como preconizam GOMES et al. (2001), e, em seguida, foi coletado o sangue (2,0 mL) por punção caudal com auxílio de seringa. As amostras destinaram-se à avaliação hematológica utilizando-se sangue total colhido com anticoagulante EDTA (10%) e análise bioquímica de soro e plasma.

Avaliação dos parâmetros hematológicos
O hematócrito foi determinado segundo o método de GOLDENFARB et al. (1971), a taxa de hemoglobina de acordo com, e a contagem do número de eritrócitos em câmara de Neubauer sob microscópio óptico com objetiva de quarenta vezes, após diluição do sangue total com líquido de Hayem (COLLIER, 1944).

Avaliação dos parâmetros bioquímicos
Nas análises bioquímicas utilizaram-se soro, para dosagem de proteínas totais e albumina, e plasma, para dosagem da glicose. Para se obterem o plasma (colheu-se com fluoreto) e o soro (sem anticoagulante), as amostras foram centrifugadas a 2.500 rpm, por cinco minutos, e congeladas a -20º C, para determinação das análises.
As análises foram realizadas com o uso de kits específicos Gold Analisa Diagnóstica® e conforme as instruções do fabricante, sendo feita leitura em espectrofotômetro.

Análise estatística
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância a 5% de probabilidade, através do programa estatístico (SAEG) Sistema de Análise Estatísticas e Genéticas, desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa (UNIVERSIDADE..., 1997).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na avaliação do desempenho dos jundiás observaram-se diferenças significativas entre os tratamentos no ganho médio de peso final. Quanto às variáveis eritrocitárias, os resultados demonstraram que não houve diferenças significativas (P>0,05) em comparação com diferentes níveis de proteínas e energia (Tabela 2).
Os resultados para peso médio final (PMF) foram: 334,0 ± 31,8 bx ; 445,9 ± 37,8 ax ; 479,8 ± 26,7ax ; 334,8 ± 10,8 bx ; 470,1 ± 21,4ax ; 482,5 ± 18,7 ax, em que x e y diferem para o fator de ED e a e b para o fator de proteína.
No presente estudo, os peixes alimentados com o nível 25% de PB apresentaram menor peso em relação aos dos níveis de 30% e 35% de PB. Já os níveis de ED não ocasionaram alterações no peso médio final dos peixes. Salienta-se que as variáveis hematológicas são dados essenciais para avaliar o estado de saúde dos animais, principalmente se existe anemia, definida como a presença de eritrócitos, concentração de hemoglobina e/ou hematócrito abaixo dos valores normais de referência (LOPES et al., 2007). Os resultados deste estudo demonstraram que os níveis de proteína e de energia utilizados na dieta não acarretaram alterações nas variáveis eritrocitárias.
Os valores médios de eritrócitos oscilaram de 1,98 a 2,21 x 10/µL6 entre os diferentes tratamentos. Nos peixes, os eritrócitos são ovais e têm núcleo central acompanhando o formato da célula, com cromatina compactada e sem nucléolos. Os eritrócitos contêm o pigmento respiratório, a hemoglobina que tem por função transportar o O2 e parte do CO2 no sangue. Qualquer deficiência no eritrócito será traduzida como uma falta de O2 nos tecidos (RANZANI et al., 2004).
O hematócrito corresponde ao volume ocupado pelos eritrócitos contidos numa certa quantidade de sangue total, sendo que valores baixos podem indicar anemia. Neste ensaio, os valores variaram de 35% a 47 %. Valores superiores foram observados por TAVARES-DIAS et al. (2002) para Rhamdia quelen (peso 44,0 g) quando encontraram 1,90; 6,7 e 26 % de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito, respectivamente. É possível que esse aumento esteja relacionado com o tamanho do peixe, o que pode interferir no quadro hematológico.
Os resultados evidenciaram que não houve diferença significativa (P>0,05) para parâmetros bioquímicos (Tabela 3) entre diferentes rações testadas.
Para os parâmetros bioquímicos foram encontrados valores médios e amplitude de variação, sendo para glicose 97,58 mg/dL e  75,92 a 124,30 mg/dL; para proteína total 6,37 mg/mL e 5,78 a 6,92;  e para albumina 3,81 g/dL e 3,33 a 4,42. A glicose está relacionada a uma série de agentes estressores, entre eles, a variação de temperatura, o manuseio e o transporte, segundo URBINATI et al. (2004). Dessa forma, ela é empregada como indicador de distúrbio fisiológico, por ser a principal fonte de energia utilizada pelos peixes para suportar situações adversas (MORGAN & IWAMA, 1997).
TAVARES-DIAS & MATAQUEIRO (2004) encontraram valores para a glicose de 63,0 ± 8,1 mg/dL em espécies da família Characidae. Esses valores são similares aos apresentados neste trabalho e superiores aos obtidos para tambaquis (Colossoma macropomum) – 116,7 mg/dL – por TAVARES-DIAS & MATAQUEIRO  (2004). Os resultados evidenciaram que não houve diferença significativa (P>0,05) para parâmetros bioquímicos (Tabela 3) entre as diferentes rações testadas.
A concentração de proteína plasmática estárelacionada com o metabolismo proteico e com as condições nutricionais (COLES, 1984), pois sua deficiência na alimentação pode ocasionar anemias. Neste estudo, os valores oscilaram entre 6,92 e 5,78 g/dL. Ao analisar juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) submetidos a diferentes níveis de vitamina E, SADO (2008) observou alterações significativas para os valores de proteínas plasmáticas, que variaram de 4,6 a 5,5 g/dL.
A composição bioquímica do plasma sanguíneo demonstra a situação metabólica dos tecidos animais. Por meio delas é possível detectar alterações no funcionamento dos órgãos e a adaptação do animal diante dos desafios nutricionais, fisiológicos e desequilíbrios metabólicos, específicos ou de origem nutricional.  Entretanto, para uma melhor interpretação, são necessários valores de referência apropriados à população e à região a serem analisadas (GONZÁLEZ & SCHEFFER, 2003).
Outros fatores como estado nutricional, sazonalidade, maturação gonadal, sexo e variação genética também podem influenciar significativamente as variáveis hematológicas (KORI-SIAKPERE, 1985). Ainda podem-se considerar as diferenças entre as espécies, pois indivíduos de tamanhos ditintos liberam energia em quantidades variadas, de acordo com seu tamanho corporal, o que pode interferir no quadro hematológico (TAVARES-DIAS et al., 2002). 

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos neste trabalho demonstram que não houve diferenças entre os parâmetros hematológicos e bioquímicos em relação aos níveis de proteína e de energia.
Ainda são necessários mais estudos sobre nutrição animal, alimentação, saúde (hematologia e bioquímica), fisiologia e comportamento reprodutivo.

REFERÊNCIAS

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Protocoladodo em: 09 mar. 2010.   Aceito em: 28 jan. 2011.