INTRODUÇÃO
A raça canina Shih Tzu é conhecida principalmente pelo porte pequeno,
pelagem exuberante e por suas marcantes características
braquicefálicas, como largura e comprimento cranianos aproximadamente
iguais e fossa orbital rasa, culminando, respectivamente, num formato
arredondado da cabeça e globo ocular proeminente (CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE CINOFILIA, 2007). Notadamente, as enfermidades oculares
assumem proporções relevantes em cães Shih Tzu, destacando-se as lesões
que envolvem a superfície ocular, como a ceratoconjuntivite seca e as
ceratites pigmentares e ulcerativas (BRANDÃO
et al., 2004; WOERDT, 2004; TOLAR
et al.,
2006). A exoftalmia e a lagoftalmia relativa são fatores anatômicos que
corroboram sobremaneira para a fisiopatogenia das lesões oftálmicas no
Shih Tzu, uma vez que podem promover tanto inadequada distribuição como
evaporação precoce do filme lacrimal sobre a superfície ocular (MOORE,
1999; WOERDT, 2004; SLATTER, 2005). Entretanto, não se pode afirmar que
tais elementos sejam os únicos responsáveis por desencadear as lesões
oculares nesses animais (SAITO & KOTANI, 1999).
A avaliação da higidez da superfície ocular também deve abordar outros
fatores, como a quantidade e a qualidade do filme lacrimal produzido,
visto que a lágrima é um fluido imprescindível para manutenção da saúde
ocular, especialmente corneana. Estudos que abordam os componentes do
filme lacrimal são realizados a fim de acessar a integridade do aparato
lacrimal, bem como a higidez da superfície ocular (MOORE
et al., 1987).
O teste lacrimal de Schirmer (TLS) é o método padrão para quantificar a
produção aquosa da lágrima no cão, podendo ser executado sem anestesia
da superfície ocular (TLS-1), ou após instilação de colírio anestésico
(TLS-2) (WILLIAMS, 2005). O TLS-1 envolve o estímulo de lacrimejamento,
e inclui as secreções lacrimais basal e reflexa. O TLS-2 estima somente
a secreção lacrimal basal, uma vez que a secreção lacrimal reflexa é
suprimida pela anestesia da superfície ocular (SAITO & KOTANI,
1999; BEECH
et al., 2003). A
higidez da superfície ocular, bem como a qualidade do filme lacrimal
produzido, também pode ser avaliada por meio da quantificação das
células caliciformes conjuntivais, a qual fornece uma mensuração
indireta da produção da mucina pré-ocular (MOORE
et al., 1987).
O presente trabalho objetivou avaliar a integridade de componentes do
aparato lacrimal e a saúde da superfície ocular de cães da raça
Shih-tzu por meio do TLS-1, TLS-2 e da obtenção da densidade de células
caliciformes conjuntivais.
MATERIAL E MÉTODOS
Cinquenta cães da raça Shih Tzu, entre dois e cinco anos de idade,
foram avaliados em canis particulares do município de Goiânia. A
avaliação constou de identificação, exame clínico e oftálmico. O exame
clínico compreendeu a observação do estado geral, do grau de hidratação
e da coloração das mucosas conjuntival, gengival e genital; a aferição
da frequência cárdio-respiratória, do pulso e da temperatura retal; e
palpação dos linfonodos submandibulares, pré-escapulares e poplíteos. O
exame oftalmológico foi realizado com auxílio de fonte de luz, lente de
magnificação e oftalmoscópio direto (Pan Optic, Welch Allyn ®, New
York, USA). Foram examinados o aspecto e simetria do globo ocular, as
conjuntivas palpebral e bulbar, a região periocular, a córnea, o humor
aquoso, a íris, a lente e o fundo ocular. Foram incluídos no
experimento trinta e cinco animais, sendo 33 fêmeas e dois machos, os
quais não apresentaram qualquer alteração aos exames físico e oftálmico.
Os animais foram testados no Hospital Veterinário da Escola de
Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, sempre no
período vespertino. Os Testes Lacrimais de Schirmer foram executados
nos olhos direito e esquerdo dos 35 animais, de acordo com o
procedimento descrito por MOORE (1999), utilizando-se tiras de papel de
filtro Whatman nº. 41 (Teste de Schirmer Ophthalmos, Ophthalmos
Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda., São Paulo,
Brasil). Os mesmos animais submetidos ao TLS-1 foram testados com o
TLS-2, conforme a descrição de BERGER & KING (1998), utilizando-se
como colírio anestésico o cloridrato de proparacaína a 0,5%
(Anestalcon, Alcon Laboratórios do Brasil Ltda., São Paulo, Brasil).
Logo após os TLS-1 e TLS-2, foi realizada a biópsia conjuntival nos
olhos direito e esquerdo de 15 animais. Após a limpeza ocular com
solução fisiológica, foi instilado, em ambos os olhos, um colírio
anestésico à base de cloridrato de proparacaína a 0,5% (Anestalcon,
Alcon Laboratórios do Brasil Ltda., São Paulo, Brasil), na frequência
de uma gota a cada 30 segundos, durante três minutos, como foi
recomendado por SLATTER (2005). A cada minuto também se instilou uma
gota de cloridrato de fenilefrina a 10% (Fenilefrina, Allergan Produtos
Farmacêuticos Ltda., São Paulo, Brasil). Em seguida, o fórnice
conjuntival ventral nasal foi delicadamente pinçado e um fragmento
conjuntival de cerca de cinco milímetros foi retirado com auxílio de
uma tesoura de ponta romba. Os cães foram protegidos com colares
elizabetanos por 24 horas e receberam instilação local de colírio
antibiótico a base de tobramicina (Tobramicina, Alcon Laboratórios do
Brasil Ltda., São Paulo, Brasil) na posologia de uma gota a cada quatro
horas, durante 48 horas. Cada amostra conjuntival biopsiada foi
imediatamente inserida em um recipiente contendo formalina tamponada a
10%, para fixação. Apos 24 horas em formalina, os espécimes foram
recortados, inseridos em cassetes individuais e identificados. De
acordo com a técnica utilizada rotineiramente pelo Laboratório de
Histopatologia do Setor de Patologia da Escola de Veterinária e
Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, houve o processamento e
inclusão das amostras em parafina, seguidos de cortes histológicos de 4
μm de espessura. As lâminas foram coradas com Hematoxilina e Eosina
(HE) e acido periódico de Schiff (PAS), de acordo com a técnica
descrita por LUNA (1968).
A contagem das células caliciformes (CC) foi realizada no Setor de
Patologia da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal
de Goiás. A DCC, determinada de acordo com CULLEN
et al. (1999) e CULLEN
et al.
(2005), baseou-se na contagem destas e das células epiteliais,
incluindo as células epiteliais escamosas, poligonais e basais. As CC
foram identificadas pela presença de material intracelular
PAS-positivo, conforme o descrito por MOORE
et al.
(1987). Utilizando-se de uma câmera fotográfica (CCD Color camera SAC –
410NDR, Samsung Electronics, Korea) acoplada a um microscópio
trinocular, com aumento de 100X, três imagens fotográficas foram
obtidas de cada lamina. As imagens foram transferidas para o software
de analise de imagens Axio Vision 3.1 (Carl Zeiss-Jena Vision,
Munchen-Hallbergmoos, Alemanha), o qual foi utilizado para a contagem
das células. De cada imagem obtida, 50 CE foram contadas em uma
determinada região, onde, posteriormente, se procedeu a contagem de CC.
A DCC foi representada pela expressão: numero de CC / 50 CE. Esse
procedimento foi repetido nas três imagens de cada lâmina, sendo que a
média delas resultou na DCC para o olho representado pela respectiva
lâmina. O índice de CC foi calculado dividindo-se a DCC por 50.
Os dados obtidos foram avaliados adotando-se um nível de significância
de 0,05 e teste T de Student para dados pareados. Análise de regressão
foi utilizada para verificar se existiu influência significativa entre
os testes lacrimais de Schirmer e o índice de células caliciformes
(SAMPAIO, 1998).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As médias e desvios-padrão de cada variável estudada e os valores encontrados para p estão distribuídos na
Tabela 1.
Os valores médios de TLS-1 encontrados nos cães Shih Tzu avaliados no
presente estudo estão incluídos acima do limite mínimo de 15 mm/min
para produção lacrimal proposto por MOORE (1999) para cães hígidos.
Tais valores foram próximos aos descritos por HIRSH & KASWAN
(1995), SAITO & KOTANI (1999), SLATTER (2005) e WYMAN
et al.
(2005) para cães hígidos adultos, que corresponderam a 21,3 ± 3,8
mm/min; 18,8 ± 2,3 mm/min; 19,8 ± 5,3 mm/min e 18,64 ± 4,47 mm/min,
respectivamente. Contudo, quando comparados com os resultados obtidos
por SAITO & KOTANI (2001) e HAMOR
et al.
(2000) para cães hígidos adultos de variadas raças – de 20,2 ± 2,5
mm/min e 18,89 ± 2,62 mm/min, para a raça Beagle; de 22,9 ± 4,1 mm/min
para o Retriever do Labrador; de 21,8 ± 3,7 mm/min para o Retriever
Dourado; e de 15,8 ± 1,8 mm/min para o Pastor de Shetland – os valores
obtidos para TLS-1 no presente estudo foram ora semelhantes, ora
diferentes.
Os valores médios encontrados para o TLS-2 nos cães Shih Tzu estudados estão dentro do intervalo de valores descrito por GELATT
et al.
(1975), que foram de 11,6 ± 6,1 mm/min para cães hígidos. O mesmo fato
ocorreu quando comparados com aqueles valores obtidos por SAITO &
KOTANI (1999), que constataram um TLS-2 médio de 8,2 ± 5,4 mm/min para
cães Shih Tzu hígidos. Os valores médios encontrados para o TLS-1 nos
dois olhos foram significativamente maiores que os encontrados para o
TLS-2. Essa observação está coerente com o descrito por SAITO &
KOTANI (1999) e BEECH
et al.
(2003), uma vez que o TLS-1 envolve, além da produção lacrimal basal, o
estímulo de lacrimejamento reflexo, enquanto o TLS-2 estima unicamente
a secreção basal.
Embora outros anestésicos já tenham sido utilizados para execução do TLS-2 (GELATT
et al.; 1975; SAITO & KOTANI, 1999; SAITO & KOTANI, 2001; TROST
et al., 2007), o protocolo de anestesia da superfície ocular utilizado neste estudo está de acordo com o proposto por LAMBERTS
et al.
(1979) e BERGER & KING (1998). A escolha do cloridrato de
proparacaína a 0,5% para anestesia da superfície ocular foi
influenciada pelos seguintes fatores: disponibilidade comercial do
fármaco, custo, baixa toxicidade córneo-conjuntival e efetividade
anestésica para a superfície ocular (AMARAL, 2005; OTERO, 2005).
Supõe-se que o princípio do fármaco anestésico poderia alterar os
valores de TLS-2; entretanto, na literatura consultada, não foram
encontrados trabalhos que avaliassem a produção lacrimal frente ao uso
de diferentes colírios anestésicos.
MOORE
et al. (1987) e CULLEN
et al.
(2005) não encontraram diferenças significativas entre os valores de
TLS-1 e TLS-2 para os olhos esquerdo e direito de cães. Contrariando
esses autores, este estudo revelou diferença significativa entre os
olhos esquerdo e direito quanto aos valores de TLS-1. Não foi possível
identificar a causa dessa discrepância entre os olhos. Em
contrapartida, não foi encontrada diferença significativa entre os
valores de TLS-2 obtidos para os olhos esquerdo e direito.
A quantificação das células caliciformes conjuntivais fornece uma
mensuração indireta da produção de mucina, considerada um sensível
indicador da higidez da superfície ocular (MOORE
et al., 1987; KJNOSHITA
et al., 1983). CULLEN
et al.
(2005) encontraram uma DCC média de 28 células caliciformes para 50
epiteliais para cães hígidos, valor muito superior ao observado para os
cães Shi tzu avaliados no presente estudo. Com o objetivo de demonstrar
a heterogeneidade da distribuição de células caliciformes na conjuntiva
canina, MOORE
et al. (1987)
obtiveram um índice médio de 0,29 ± 0,043 no fórnice nasal ventral de
cães hígidos da raça Beagle, valores que se aproximam dos encontrados
para os cães Shih Tzu estudados. Contudo, MOORE
et al.
(1987) relataram diferenças significativas entre o ICC no fórnice
conjuntival nasal ventral para os dois sexos, com valores médios de
0,26 ± 0,027 para machos e de 0,33 ± 0,015 para fêmeas. No presente
estudo, especificamente para as fêmeas, foram obtidos ICC de 0,28 ±
0,07 para o olho esquerdo e de 0,27 ± 0,08 para o olho direito. Esses
valores são significativamente inferiores aos descritos por MOORE
et al. (1987) para cadelas hígidas da raça Beagle.
Embora pouco se saiba sobre os fatores que influenciam a densidade e
distribuição das células caliciformes conjuntivais, o grau de
hidratação conjuntival foi apontado por MOORE
et al.
(1987) como um fator exógeno relevante. Corroborando com essa
observação, há outros estudos que demonstraram uma relação direta entre
a ceratoconjuntivite seca e a diminuição da densidade de células
caliciformes (RALPH, 1975; MOORE
et al.,
2001). Apesar de a produção lacrimal observada nos cães Shih Tzu
estudados estar dentro dos padrões de normalidade, supõe-se que a
evaporação do filme lacrimal que recobre a superfície ocular ocorra
mais rapidamente nesses cães, devido à exoftalmia e lagoftalmia
características da raça. Tal condição poderia levar à deficiência de
hidratação conjuntival e promover diminuição do número de células
caliciformes. Em contrapartida, a deficiência de células caliciformes
leva à redução da produção da camada mucosa do filme lacrimal
pré-ocular, a qual, segundo DAVISON & KUONEN (2004), age como
interface entre o epitélio corneano hidrofóbico e o fluido lacrimal
aquoso. Portanto, uma produção deficiente de mucina pré-ocular poderia
aumentar ainda mais a evaporação lacrimal, agravar a desidratação da
superfície ocular e predispor os cães Shih Tzu ao desenvolvimento de
afecções córneo-conjuntivais.
No presente trabalho, a influência dos valores dos testes lacrimais
Schirmer sobre os valores de ICC não foi estatisticamente
significativa, constatação que corrobora com KIM
et al.
(1992), que não observaram uma correlação significativa entre valores
de TLS e DCC em humanos hígidos. Contudo, tal associação foi
identificada por RALPH (1975), MOORE
et al. (1987) e MOORE
et al. (2001), que apontaram o grau de hidratação conjuntival como um fator contribuidor para a variação da DCC.
CONCLUSÃO
Nas condições deste experimento, o filme de lágrima nos cães da raça
Shih Tzu não sofre alteração na quantidade conforme demonstraram os
testes de TLS 1 e 2, porém, há variação qualitativa devido à densidade
reduzida das células caliciformes.
AGRADECIMENTOS
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES)
pela bolsa de estudo concedida à mestranda; e ao Prof. Luiz Fernando
Froes Fleury pelo auxílio na leitura das lâminas.
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Protocolado em: 09 nov. 2009 Aceito em: 13 abr. 2011.